ASSINE
search button

Deputados e ambientalistas discutem soluções para a Baía de Guanabara

Oceanógrafo David Zee participa de debate emaudiência pública na Alerj

Compartilhar

No centro do noticiário nos últimos dias, a poluição da Baía de Guanabara será tema de um amplo debate nesta segunda-feira, às 14h, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Parlamentares e especialistas na questão ambiental vão apresentar propostas e discutir soluções visando, sobretudo, os Jogos Olímpicos de 2016. Em função disso, estarão em debate alternativas de curto, médio e longo prazos. 

"Atacar os rios é a melhor maneira de solucionar o problema. A Baia de Guanabara é como se fosse o coração. Os rios são as veias, que há anos levam sangue ruim para esse coração. Temos de encontrar uma maneira de filtrar esse sangue", explica o oceanógrafo David Zee.

O estado crítico da Baía de Guanabara não é novidade. E há anos são apresentados projetos e estabelecidos novos prazos para a solução definitiva do problema. A diferença é que agora temos um grande evento esportivo se aproximando e é preciso garantir aos atletas condições mínimas de qualidade da água. Segundo Zee, além da sujeira, o crescimento da cidade do Rio de Janeiro e a demora nas ações de combate à poluição são os principais fatores responsáveis pelo cenário atual:

"Em 1994 surgiu o Programa de Despoluição da Baia de Guanabara. Esse projeto foi criado porque há 30, 40 anos a Baia de Guanabara ultrapassou o seu limite de absorção de impurezas. Só que a velocidade das providências que foram tomadas desde então está muito aquém se comparada com o crescimento da cidade do Rio de Janeiro. Depois de duas décadas de estagnação (décadas de 80 e 90), o Rio cresceu muito rápido a partir dos anos 2000. E isso só faz aumentar o problema. O Governo diz que precisa de mais 20 anos e 14 bilhões de reais para resolver o problema. Mas temos uma Olimpíada pela frente e precisamos discutir alternativas de curto prazo", concluiu.