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Jovem que teve orelha decepada em festa no Rio conta detalhes da agressão

Delegada responsável pelas investigações pediu prisão preventiva do promoter José Phillipe 

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Gabriel Silva, uma das vítimas de José Phillipe Ribeiro de Castro, de 28 anos, acusado de ferir três jovens em uma festa na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, disse em entrevista para a Globo News, nesta quinta-feira (11/6), que teme a libertação do seu agressor. "Você nunca sabe o que uma pessoa que toma uma atitude dessa pode querer fazer saindo de lá. Então eu tenho receio, não só pela minha noiva, mas por mim e qualquer pessoa do meu convívio", diz na entrevista.

José Phillipe Ribeiro de Castro segue preso em Bangu 10, no Complexo do Gericinó, na Zona Oeste da cidade, mas a sua prisão preventiva expira nesta quinta-feira (11/6). O agressor se irritou quando chegou em casa, uma residência de classe média na Gávea, e encontrou o seu irmão promovendo uma festa. Ele encontrou Gabriel urinando no jardim e partiu para violência.  

Gabriel afirma que não viu o objeto que provocou os cortes no seu corpo, especialmente na cabeça. Ele considera que  não houve motivação proporcional que justifique o fato violento e afirma que o agressor também foi covarde com a sua namorada, Ana Carolina Romeiro, que tentou o defender e terminou gravemente ferida. Internada desde domingo, ela teve alta do CTI nesta quarta (10) e transferida para um quarto particular. 

Nos momentos de maior tensão, Gabriel conta que conseguiu sair da casa, mas Ana Carolina ficou do lado de dentro. O rapaz conseguia a namorada gritando o nome dele, mas não conseguia retornar para a residência. Ele conta que Ana Carolina parou de gritar de repente. Depois disso, ele viu um carro sair rapidamente de dentro do imóvel, o que ele acredita ser alguém socorrendo a sua namorada. Gabriel disse que desmaiou antes da ambulância chegar ao local.

O delegada Monique Vidal, titular da 14a.DP (Leblon) pediu a prisão preventiva de José Phillipe, ao concluir o inquérito que apura os crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal praticados pelo agressor. Ele cortou o braço e a mão de Lourenço Brenha, decepou parte da orelha direita, cortou a cabeça e a testa de Gabriel e perfurou o tórax e abdômen de Ana Carolina, que deve ficar com sequêlas permanentes em função das cicatrizes da cirurgia. 

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