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Trabalhadores do Comperj suspendem bloqueio a complexo da Petrobras

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Depois de oito dias, profissionais da Alumini que trabalham na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, em Itaguaí, no norte fluminense, decidiram suspender o bloqueio no Trevo da Reta, um dos acessos ao local, que mantinham em protesto ao atraso de salários e o não cumprimento, por parte da empresa, de um acordo feito em dezembro.

A decisão foi tomada após uma reunião do juiz André Correa Figueira, da 1ª Vara do Trabalho de Itaboraí com o presidente do sindicato municipal dos trabalhadores empregados em empesas de montagem e manutenção industrial no município de Itaboraí (Sintramon), Paulo Cesar Quintanilha, e diretores da entidade, além de integrantes da Polícia Militar e representantes dos trabalhadores da Alumini. “Escrevi uma carta explicando que não adianta a força. Tem que ser nos meios legais, no processo que já existe e me comprometi a tentar a resolver o problema o mais rápido possível convocando a empresa”, disse o juiz em entrevista à Agência Brasil.

O magistrado busca uma forma para o fim do bloqueio de recursos da empresa que garanta os direitos dos empregados como o pagamento de FGTS. “Agora vou botar a ação para frente e vou incluir em pauta daqui a duas semanas, para tentar julgar isso e ver se pelo menos consigo liberar o FGTS. Fazer a coisa mais rápida. Vai ter que ser dentro do processo com condenação. Não vai ser possível fazer um acordo”, disse.

Em contrapartida o juiz André Figueira pediu a liberação dos acessos para que os trabalhadores possam entrar nas instalações do Comperj e exercer as suas funções. “O que eu fiz hoje foi tentar uma conversa informal para acabar com os piquetes que eles estão fazendo e querendo quebrar ônibus para a polícia ter que intervir com a força”, completou.

Os trabalhadores protestam contra o atraso do salário de dezembro, do vale-alimentação, de planos de saúde e de outros benefícios sociais. A Alumini informou que por causa do bloqueio das suas receitas pela Vara Trabalhista de Ipojuca, em Pernambuco, em decorrência da ação movida por trabalhadores da empresa que atuam na Refinaria Abreu e Lima, naquele estado, ficou sem condições de cumprir a liberação da terceira parcela do acordo firmado com o MPT-RJ. Nele estava previsto ainda o pagamento das rescisões e de férias de 469 empregados dispensados, além concessão de passagens terrestres ou aéreas para os ex-empregados retornarem a suas cidades.