A mulher do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, mais conhecido como Marcelo Piloto, apontado pela Polícia do Rio de Janeiro como líder de uma facção criminosa e que está foragido desde 2007, Karen Cristina da Silva Bastos, foi presa na manhã desta segunda-feira (15/12), no Morro do Urubu, na Zona Norte. A prisão aconteceu durante a Operação Cidadania, desencadeada por agentes da 21ª DP (Bonsucesso). Apelidada na comunidade de Gorda, a mulher fazia intermediações com organizações criminosos para enviar remessas de dinheiro e drogas para outras comunidades cariocas, segundo aponta a investigação da Polícia Civil.
De acordo com o delegado da 21ª DP (Bonsucesso), Delmir Gouveia, Gorda vinha sendo investigada há meses e ela tem filhos com Marcelo Piloto. Gorda atuaria repassando ordens, informações e orientações do traficante para outros comparsas, tanto na movimentação financeira quanto na distribuição das drogas. Durante a Operação Cidadania, que teve como objetivo cumprir 17 mandados de prisão e sete de busca e apreensão, outras 12 pessoas foram detidas nas comunidades de Manguinhos, Mandela e Arará, no Complexo do Alemão, na Zona Norte, em uma comunidade de Niterói e no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
Em nota, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) justificou que a região de Manguinhos, mesmo atendida por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), tem enfrentado a resistência do tráfico. Almir Wanick de Assumpção, o Mizinho, Gustavo da Costa Bessa, o Gugu, Rodrigo Antunes da Silva, o Gordo, Rafael Silva Figueira e Daniel de Lima Araújo foram presos durante a ação. A Polícia ainda está à procura de Cleridan da Silva Mesquita, o Naibinha e Carlos Henrique Villela de Oliveira, o Marreta de Pilares, que se encontram foragidos. Além de outros dois homens ligados ao tráfico nestas regiões.
Adilson de Lima Araújo, o Galeguinho, Carlos Fagner de Souza Pinto, o Papagaio, Roberto de Souza Britto, o Metralha, Lúcio Mauro Carneiro Passos, o Biscoito da Mangueira, Arthur da Silva Cruz, o Bagé, Anderson dos Santos Cortes, o Gago e Naildo Arruda da Silva, o Paizão, que tiveram os seus nomes relacionados nos mandados expedidos pela Justiça, já estavam presos, mas segundo as investigações continuavam comandando o tráfico nas comunidades de dentro do presídio.
Na página de Procurados do Disque Denúncia, Marcelo Piloto aparece como foragido desde agosto de 2007, quando recebeu o direito de cumprir a pena em regime semi-aberto no Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói. Segundo a publicação, Piloto faz parte do Comando Vermelho e cumpria pena desde 1998, por tráfico, roubo, homicídio e formação de quadrilha. A Polícia acredita que o traficante resida, atualmente, no Paraguai. No entanto, costuma vir com frequência ao Rio de Janeiro.