A quarta-feira (3/9) começou com uma ventania que atingiu o Rio de Janeiro nas primeiras horas da manhã, provocando queda de árvores em diversos bairros. A tempestade agravou a rotina de congestionamentos na cidade, provocando sérios transtornos no tráfego, especialmente na Avenida Brasil, principal via expressa de acesso ao Centro, na via Binário, na Zona Portuária, e nas vias do Centro.
No inicio da tarde, o motorista ainda perdia muito tempo ao se deslocar na cidade. Por volta das 12h30, vários trechos na Avenida Brasil apresentavam congestionamentos, no sentido Centro. O fluxo no trecho entre Ramos e a Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária, estava quase parado, exigindo muita paciência dos motoristas que estavam levando mais de duas horas para percorrer o trajeto de 8 km.
Impacientes, passageiros desciam dos coletivos na Avenida Brasil, na altura do Caju, e caminhavam pela lateral da pista até a Novo Rio. A dona de casa Ivonete Carvalho Silva, de 59 anos, que estava em um ônibus procedente da Baixada Fluminense, levou mais de três horas para fazer o itinerário Nova Iguaçu/Centro. "Eu tinha um exame importante marcado e perdi a hora. Faltei o trabalho por causa desse exame e agora não sei quando poderei marcar novo horário. É um absurdo o que a população vem passando no trânsito do Rio. Um absurdo", reclamou a mulher.
A universitária Camila Restelli, de 25 anos, estava no mesmo ônibus e lamentou perder a sua passagem para Curitiba, no Paraná. "Eu sempre saio de casa mais cedo prevendo acontecer algum imprevisto, mas não imaginava pegar um engarrafamento de três horas na Avenida Brasil. Ninguém imagina isso. Agora vou ter que tentar trocar a passagem para outro horário ainda hoje. Vai atrasar a minha vida e me trazer prejuízo, com certeza", lamentou.
Os usuários do Bilhete Único - que isenta o passageiro de pagar a segunda passagem no prazo de três horas -, também estavam descendo dos coletivos reclamando do caos no trânsito. "Já estourou o tempo que eu tinha para passar o meu bilhete no segundo ônibus. Vou ter que pagar a passagem, mas um prejuízo que vou ter além do atraso", comentou a diarista Diana Lopes Souza.
Na Avenida Francisco Bicalho, próximo à Rodoviária Novo Rio, obras emergenciais da Cedae interditavam a pista lateral, no sentido Avenida Brasil, na altura da Unidos da Tijuca, desde o início da tarde. Por volta das 16h o trânsito ainda estava engarrafado no local. Nos últimos dias, as ruas da cidade registravam tráfego pesado, o que se transformou numa triste rotina para o carioca.
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