A Cedae inaugurou, na manhã desta terça-feira (4), o novo sistema de distribuição de água das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul do Rio. A bomba única que abastecia a região foi substituída por um conjunto composto por duas moto-bombas e mais uma elevatória com capacidade para armazenar 650 mil litros de aguá, que atenderá a mais de 30 mil moradores das duas comunidades e da Rua Saint Roman.
Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, a setorização no abastecimento vai facilitar a operação do sistema e aumentar a oferta de água nas comunidades, que contam agora com bombas exclusivas para cada uma delas. "Esse é um equipamento moderno e bem mais potente, chega tranquilamente no ponto mais alto do morro. Com certeza, será satisfatório para as comunidades", afirmou Victer.
O projeto que incluiu a instalação das bombas, com potência de 125 HP, além da nova linha de recalque (tubulação que levará água até a elevatória) e o reservatório de água, teve um investimento de R$ 10 milhões. A próxima comunidade carioca que será beneficiada com a modernização do sistema de abastecimento será o Complexo da Rocinha, também na Zona Sul. "Num prazo máximo de 90 dias a Rocinha terá a maior elevatória da cidade. Como a região é bem ingrime, traçamos e estamos executando um projeto adequado para comunidade", disse Victer.
O presidente da Cedae ainda informou que a companhia vai investir esse ano cerca de R$ 2 bilhões em obras de reparo e modernização da rede de água e esgoto, em diversos pontos do Rio, especialmente na região metropolitana.
Comunidade recebia água apenas uma vez na semana
"Atenção! Atenção! Teremos a inauguração da nossa elevatória. Quero que todos prestem atenção nas suas torneiras e liguem os seus pontos de recebimento". No início da semana passada, a voz de Alzira Amaral, presidente da Associação de Moradores do Pavão Pavãozinho, ecoou pelos quatro cantos da comunidade, anunciando através de um megafone a notícia mais esperada nos últimos anos. Alzira conta que os moradores sofrem com a falta de água desde que a comunidade foi criada e o abastecimento era feito alternando os ramais das diversas regiões, cada um recebia o líquido apenas uma vez na semana. "E conforme a comunidade foi crescendo, o problema foi se tornando ainda mais grave e prejudicando um número maior de famílias", destacou a presidente da associação.
"Lavar roupas, tomar banho são atividades complicadas quando não se tem uma gota de água na torneira. Até hoje tivemos que apelar para casas de amigos e parentes. Esse foi o melhor presente que a Cedae nos deu, agora é só alegria.", disse Alzira. Foi ela quem acompanhou todo o processo de implantação do novo sistema junto à Cedae, intermediando o diálogo entre os moradores e os técnicos da companhia. Segundo ela, desde o dia 27 de fevereiro o sistema da Cedae está em fase de adaptação na região e alguns problemas pontuais ainda são registrados. "Conforme os moradores reclamam de alguma falha no seu recebimento de água, eu repasso para a Cedae e eles resolvem logo. Isso já era esperado e estamos fazendo as devidas adequações", destacou Alzira.