ASSINE
search button

CPI dos Ônibus tem moedas jogadas em vereadores na Câmara do Rio 

Compartilhar

A segunda sessão da CPI dos Ônibus continua na tarde desta quinta-feira (5), na Câmara de Vereadores do Rio, com o depoimento do presidente da Rio Ônibus, Lélis Marco. Ele afirmou que o empresário Jacob Barata não pode ser considerado como "rei" do setor na capital fluminense por possuir, junto com seus familiares, apenas 11,28% das empresas do ramo.  "Não é verdade", respondeu, sobre o fato de Barata ser considerado o "rei dos ônibus no Rio de Janeiro". "Ele é uma figura tradicional, de liderança. Ele tem 4,6% de participação no setor dessa cidade. Se considerado o grupo familiar, que tem seus negócios próprios, ele tem 11,28% dessa participação", complementou Marcos.

O presidente da Rio Ônibus levou documentos a serem entregues para avaliação da comissão parlamentar que, segundo ele, "comprovam que Jacob Barata não controla o sistema. "Ele tem uma liderança pessoal que não se refere no controle acionário. Que fique claro através dos contratos que aí estão, por todos os dados levantados, que isso não é verdade", ressaltou.

A sessão ocorreu com uma das galerias enfeitadas com baratas de cartolina pintadas e penduradas pela plenária. Uma faixa também foi exposta com os dizeres: "Esta CPI é uma farsa". Mais cedo, manifestantes, sem cobrirem o rosto, interromperam a sessão por diversos momentos e chegaram a atirar moedas em direção aos vereadores.

Do lado de fora da Câmara, manifestantes promoveram um "sapataço". Cartazes com as fotos dos integrantes da CPI foram pendurados junto à escadaria. Populares procuravam acertar o cartaz com um sapato.

Maximino Gonçalves, advogado e representante do Consórcio Santa Cruz (zona oeste, sem Barra da Tijuca e Jacarepaguá), afirmou em depoimento à comissão que o contrato com a prefeitura é de R$ 3,3 bilhões, válido por 20 anos. "Por essa razão de tempo maior que se consegue uma tarifa mais baixa, se o contrato fosse curto o valor teria que ser maior", argumentou. O advogado da empresa trouxe documentos que foram entregues à CPI.

Antes dele, falou aos vereadores o Procurador Geral do Município, Fernando Dionísio,  que negou a denúncia de formação de cartel entre as empresas de ônibus ao afirmar que "o próprio Tribunal de Contas (do Município) atestou isso". "Não só nos pareceres como se vê em declarações jornalísticas também", declarou. 

Após o início tumultuado com um grupo de 20 manifestantes, que atiraram moedas nos vereadores, bem menor, aliás, do que o presente há duas semanas, que causou conflito entre as alas pró e contra a CPI, um único representante permaneceu na galeria dizendo que "esta é uma CPI chapa branca".