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Nenhum problema com o COI. Já no Engenhão...

Paes afirma que situação do estádio ainda está indefinida

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O prefeito Eduardo Paes reuniu-se com membros do Comitê Olímpico Internacional na tarde desta terça-feira(30) e, segundo ele, o resultado do encontro foi mais que satisfatório. "É a primeira reunião na qual não ouvimos nenhum porém, nenhum senão. Mais uma vez mostramos que os Jogos Olímpicos estão no prazo, na data, de maneira eficiente, correta, e a gente vai levar até o final", orgulhou-se o prefeito.

A situação do Engenhão, porém, continua indefinida. o prefeito deixou claro: "Só vou me pronunciar quando as soluções estiverem na minha mesa.

Sobre os diversos problemas de transporte da cidade, com aumento de acidentes de ônibus, problemas na licitação das vans e o possível reflexo durante os jogos olímpicos, o prefeito disse ainda que os problemas da cidade, "felizmente", são outros:

"Boa parte desses meios de transporte da cidade o COI não vai usar. Ele fará uso das instalações esportivas, as linhas especiais. O que fica é um legado para a cidade", exclamou.

Engenhão indefinido

O Estádio Olímpico João Havelange, fechado desde março, ainda não tem nenhuma definição de reabertura. Nem o próprio prefeito faz ideia de uma possível data: "Não temos uma solução encaminhada sobre o Engenhão. Tem um time de técnicos trabalhando, e eles tinham me dado um prazo de 60, 90 dias para que as soluções aparecessem. Não abre pelos próximos 60, 90 dias. Só volto a falar sobre o assunto engenharia quando tiver uma solução definitiva", disse.

Ao insistirem na pergunta, o prefeito resolveu exemplificar a situação: "Se me disserem que precisa de 5 pilastras em 30 dias, não vou esperar a Olimpíada para abrir o Engenhão de novo. Se precisar fazer tudo de novo, vamos fazer tudo que tem que ser feito. Mas o que há de mais crítico no Engenhão é a cobertura", disse, ainda aproveitando para brincar: "Eu não pari o filho, mas adotei esse filho. A questão de quem é o pai é problema dos consórcios. Ela foi mal alimentada na barriga da mamãe, mas vamos encontrar uma solução. 

Investimentos na Barra

Paes aprovou uma lei em 2010, o Pacote Olímpico, que criava uma série de incentivos para a rede hoteleira do Rio, que quase dobrou nos últimos três anos. Incentivo para construções residenciais desde que servisse aos jogos olímpicos. Em troca, a prefeitura abriria mão das contrapartidas que teriam que ser pagas. O valor da outorga não foi divulgado.

Maria Sílvia Barreto, presidente da Empresa Olímpica, também adiantou que os Bairros Cariocas Olímpicos, na área do Recreio, não serão mais construídos.

As obras, orçadas em R$ 100 milhões, seriam numa área em que não há demanda pelos apartamentos após os Jogos Olímpicos. Ela explicou a situação: "Como a gente é muito apegado ao legado olímpico, nós buscamos empreendedores privados, juntamente com a Secretaria de Urbanismo. Muitos desses projetos só ficariam prontos em 2017. Vimos quem poderia adiantar essas obras em troca da isenção das contrapartidas, e agora estamos fechando individualmente com esses empreendimentos", disse Maria Sílvia, acrescentando ainda quais são as obras mais adiantadas. "O que está mais adiantado é o Frames. Dois empreendimentos são da RJZ. Um do lado do Frames, na Estrada dos Bandeirantes, e outro no Camorim", finalizou.