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Aldeia Maracanã: Freixo diz que entrará na Justiça contra violência policial 

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O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que esteve presente durante a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar para a desocupação da Aldeia Maracanã, na manhã desta sexta-feira (22), classificou a ação policial como "absurda" e afirmou que já pediu as cópias das imagens para entrar na Justiça contra o comando do batalhão por conta da violência na operação.

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"A decisão da policia de entrar foi absurda. A justificativa da PM de que entrou porque estava tendo um incêndio na Aldeia e, por isso a entrada foi precipitada, é absurda. Os bombeiros entraram, apagaram o incêndio e 15 minutos depois a polícia entrou. Essa justificativa da PM é mentirosa", sentenciou o deputado. 

Segundo ele, a forma como seria realizada a saída dos índios do local já havia sido acordada entre eles e os oficiais de Justiça. "Ficou acertado que mulheres, crianças e uma parte dos indígenas sairiam primeiro, e depois a última parte sairia, com tranquilidade", revelou Freixo. 

O deputado também acabou atingido por bombas de gás lacrimogênio lançadas pela polícia, e estava com o rosto vermelho e a pele, irritada. Além dele, também estavam no local a deputada Janira Rocha e os vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, todos do PSOL. "Essa decisão da polícia contrariou a decisão judicial de entrar sem violência na aldeia", finalizou Freixo. 

Os bens dos índios estão levados para um depósito público no Centro da cidade e para um hotel, para onde uma parte dos indígenas serão alocados. Conforme antecipou o Jornal do Brasil nesta quinta-feira (21), alguns índios estão sendo levados para um terreno no Tanque, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.