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Freixo se manifesta sobre o assassinato do líder do MST em Campos dos Goytacazes

O deputado estadual critica o fato de ainda existir tragédias devido ao latifúndio e à escravidão

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Uma da maiores lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, Cícero Guedes, foi encontrado morto neste sábado (26), com diversos tiros pelo corpo. De acordo com o delegado Geraldo Rangel, que investiga o caso, Guedes foi encontrado na Estrada da Flora, pequena via que liga a Usina Cambaíba à BR-356.

O deputado estadual  Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), lamentou o assassinato em seu perfil do Facebook.

>> MST diz que morte de liderança em Campos é resultado da violência do latifúndio

"(..)Conheço Cícero desde 1998 (...). Grande pessoa e amigo. Cícero participou de uma reunião ontem [25] à noite na usina Cambahyba (nova ocupação) e foi assassinado quando retornava para casa. Já falei com a chefe da policia civil, Drª. Marta Rocha, que imediatamente acionou o delegado da região. O delegado da região, Dr. Geraldo, já me ligou e garantiu a investigação. Vamos acompanhar. A equipe da Comissão de Direitos Humanos da Alerj já está na estrada. (...) Em 2009, Campos foi a cidade com maior número de casos de escravidão encontrados no Brasil. Ontem, Cícero foi assassinado lutando pela terra. Incrível como latifúndio e a escravidão ainda fazem parte da nossa história e das nossas tragédias", lamentou Marcelo Freixo.

Também em seu perfil da mesma rede social, Freixo disse mais sobre o líder do MST: "Cícero foi assassinado quando deixava o acampamento Luiz Maranhão rumo a sua casa no Zumbi dos Palmares. Deixa 5 filhos e muitos sonhos. Ainda vivemos no país da escravidão, do latifúndio e da barbárie. A maior homenagem ao Cícero é continuarmos na luta pela reforma agrária. Quem diz que governa pra todo mundo, mente para alguém. Temos lado!", afirmou na publicação.

De acordo com a Agência Brasil, o delegado informou que ainda não há muitas informações sobre a morte de Cícero Guedes, mas disse que ele foi morto entre a  noite de ontem (25) e a madrugada de sábado.

*Com informações da Agência Brasil