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Teresa Seiblitz grava vídeo em defesa dos índios da Aldeia Maracanã

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A atriz Teresa Seiblitz, que levou seu apoio aos índios da Aldeia Maracanã, no Rio, neste fim de semana, gravou um vídeo criticando os governos do Estado e do município, que anunciaram a demolição do local para a construção de um estacionamento para a Copa do Mundo de 2014. Em seu depoimento, Seiblitz convida Sérgio Cabral, Eduardo Paes e o empresário Eike Batista para conheceram o local e verem "de verdade", o que está acontecendo ali.

"Todo mundo que vem aqui fica tocado com a energia deste lugar, percebe a importância de um lugar no meio do Rio de Janeiro que é um aglutinador da nossa cultura indígena", diz.

Ela se une a Letícia Sabatella, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Chico Buarque na campanha pela preservação da Aldeia Maracanã.

Veja os demais depoimentos:

>> Letícia Sabatella apoia os índios e critica "falta de visão" de Sérgio Cabral 

>> Aldeia Maracanã: Caetano Veloso critica "vulgaridade" da administração estadual

>> Milton Nascimento apóia causa indígena 

>> Chico Buarque defende preservação do entorno do Maracanã

A atriz destaca ainda a arquitetura do local. "Fora sua importância história, tem também a sua beleza. Se você vê essas paredes, percebe que é um tipo de construção que promove a alegria e a humanidade dentro das pessoas. É um lugar que não pode ser destruído para que se construa um 'caixote' cheio de lojas dentro. A gente não precisa de mais estacionamento, não precisa mais de shopping. Tem coisas que não se vendem, e que a gente está precisando muito."

A atriz lembrou ainda dos dois operários da empresa Concrejato, que trabalhavam nas obras do Maracanã. Eles foram levar seus apoios aos índios e acabaram demitidos. "Foi muito bonito o gesto dos dois caras que pularam o muro para apoiar toda esta questão, independentemente de perder o trabalho ou não."

Seiblitz questionou a necessidade da construção do estacionamento, lembrando que o estádio perdeu grande parte de sua capacidade. "Que se invista em transporte coletivo", disse, para finalizar chamando Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Eike Batista para irem "danças com os índios, comer um peixe na palhoça pra ver se muda alguma coisa nas células deles".