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Festa de Paes tem afago a líderes religiosos e campanha por Pezão

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Depois de ser oficialmente empossado em seu segundo mandato como prefeito pela Câmara Municipal, Eduardo Paes (PMDB) reuniu uma vasta gama de políticos e personalidades para uma cerimônia no Palácio da Cidade, em Botafogo. O evento, no qual os novos secretários foram empossados nos  cargos, teve como tônica o tom político das declarações.

O evento, iniciado com atraso de mais de uma hora, foi aberto com uma espécie de culto ecumênico. Lideranças de diversas religiões discursaram, declarando apoio e desejando um bom governo ao prefeito reeleito. A conquista de apoio de uma vasta gama de líderes religiosos - católicos, evangélicos e de religiões afro-brasileiras - teve peso importante na expressiva reeleição de Paes, com 64% dos votos. O grande destaque do momento religioso foi o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, que presidiu uma oração.

Paes apresentou poucas novidades ao oficializar seu novo secretariado. Apenas três pastas tiveram mudanças: Esporte e Lazer, agora nas mãos de Índio da Costa (PSD), Urbanismo, com Maria Madalena Saint Martin de Astácio, e a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais, que será  comandada por Claudio Cavalcanti. Outras duas secretarias foram criadas: para acomodar Wagner Montes Filho, rebento do deputado estadual,  que foi derrotado nas eleições para vereador, foi criada a Secretaria Especial de Abastecimento e Segurança Alimentar; a outra novidade é a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, cuja titular é Ana Maria Santos Rocha.

Campanha declarada por Pezão

Incomodado com os rumores de que seria candidato ao governo do estado em 2014, Paes usou a cerimônia - definida por ele próprio como um evento político - para tentar fazer o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão pegar no tranco. A intenção já podia ser percebida logo no começo do discurso. Após agradecer o apoio do governador Sérgio Cabral durante seus quatro anos de mandato, o prefeito emendou: "e também ao meu companheiro Pezão, que vai substitui-lo daqui a 2 anos".

Paes exaltou, como de costume, o prazer que sente ao exercer o cargo e afirmou categoricamente que não deixará o comando da cidade para tentar se eleger governador:

"Não deixo essa missão de ser prefeito de jeito nenhum, não abro mão de nem um minuto do meu mandato. Meu candidato a governador é o Pezão", afirmou.

"Saúde é principal desafio", diz Paes

Paes não titubeou ao eleger a saúde como a área que mais exigirá empenho em seu novo governo. Segundo ele, a grande influência das políticas federais, estaduais e de outros municípios da Região Metropolitana tornam a questão especialmente problemática:

"A saúde é o maior desafio do Brasil, de uma maneira geral, e também do Rio de Janeiro. Fico mais tranquilo com a educação, que está mais sob controle", explicou.

Para melhorar o quadro, ele traçou metas ousadas: a contratação de 2 mil novos médicos, a construção de 70 Clínicas da Família e a inclusão de 70% da população carioca aos programas de atenção básica em saúde.