Uma perícia complementar foi realizada pela Polícia Civil no carro de Thor Batista depois de o veículo ser levado pela família do bilionário Eike Batista do pátio da Polícia Rodoviária Federal, no último fim de semana.
O segundo exame no automóvel foi realizado na última segunda-feira (19), dois dias depois do atropelamento e morte do auxiliar de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, que trafegava de bicicleta pela RJ 040 (via que liga as cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis), quando foi atropelado por Thor - que dirigia sua Mercedes SLR Mc Laren prata. As informações são do delegado titular da 62ª DP (Imbariê), Hilton Pinho Alonso, que ficou responsável por investigar o caso na ausência do titular da 61ª DP (Xerém), Mario Roberto Arruda.
>> Advogado de ciclista atropelado e morto por Thor Batista quer processar o estado
Ainda de acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o filho do bilionário Eike Batista presta depoimento na sede da 61ª DP (Xerém) nesta quarta-feira, acompanhado do amigo que levava no banco do carona, no momento do acidente. O caso deve ser assumido pelo delegado Mario Roberto Arruda amanhã.
Procurada pela equipe de reportagem do Jornal do Brasil, a EBX confirmou que uma perícia complementar foi pedida pela Polícia Civil, mas informa que o novo exame foi realizado nesta terça (20) e não na segunda, conforme informou o delegado Hilton Pinho Alonso.
A primeira perícia no local do atropelamento foi feita ainda na noite do acidente, assim como o primeiro exame no automóvel. O laudo deve ficar pronto nos próximos dez dias. Esta é, segundo a polícia, a principal ferramenta da investigação, já que permitirá descobrir qual a velocidade que dirigia Thor Batista no momento do acidente. "As freadas no asfalto vão permitir que se fixe a velocidade em que o autor do atropelamento dirigia", declarou um investigador da 61ª DP ao Jornal do Brasil.
Ainda de acordo com informações do delegado Hilton Pinho Alonso, o carro foi retirado do pátio da PRF depois que um advogado da família de Thor Batista assinou um termo prometendo que o veículo seria completamente preservado.