ASSINE
search button

Advogado da família de ciclista atropelado contesta versão de Thor Batista

Compartilhar

O advogado de defesa da família de Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, que morreu ao ser atropelado pelo filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, na noite de sábado, contestou a versão de que a vítima teria sido atingida porque atravessava a rodovia Washington Luís, na altura do km 101, onde aconteceu o acidente. Cléber Carvalho Rumbelsperger alega que teve acesso a imagens da bicicleta e que tudo indica que a Mercedes SLR Mc Laren que Thor conduzia atingiu o Wanderson de frente. 

"Pelas imagens podemos ver que a roda da bicicleta amassou de baixo para cima. O dano causado no quadro da bicicleta também mostram que Wanderson não poderia estar atravessando a via, então tenho fortes indícios de que ele teria sido pego de frente, e não de lado", sustentou o advogado.

Cléber também contesta a versão dada pela empresa EBX de que Thor estivesse dentro do limite de velocidade permitido no trecho onde aconteceu o acidente, que é de 110 km/h, segundo a concessionária que administra a via, a Concer. "Não acredito que ele estivesse dentro do limite de velocidade, até pelo dano que foi provocado no carro. Além disso, temos imagens que mostram os restos mortais da vítima a cerca de 150 metros do local do impacto", acrescentou.

De acordo com os dados técnicos da Mercedes, o carro que Thor conduzia, uma Mercedes SLR McLaren, tem estrutura frontal com fibra de carbono, e sistema de freio de alto desempenho. "Isto permite ao Mercedes-Benz SLR McLaren ostentar um nível de rigidez e força nunca antes alcançada em veículos de passeio", informa o relatório da montadora. O veículo de luxo atinge 100km/h em 3,8 segundos e chega a uma velocidade máxima de 332 km/h.

Advogado de Thor quer teste toxicológico da vítima

O advogado de defesa da família do ciclista que morreu atropelado por Thor Batista afirmou, ainda, que tem informações de que Flávio Godinho, advogado de Thor, vai pedir uma exumação do corpo da vítima, para fazer testes toxicológicos. De acordo com Cléber, isso seria uma violação dos direitos da família, que já velou e enterrou o corpo de Wanderson. 

"Eu lamento também não poder pedir o exame toxicológico do condutor do veículo, para confirmar se ele realmente não havia bebido", indignou-se. Cléber também trabalha com a possibilidade de que Thor pudesse estar sob o efeito de outras drogas, que não seriam detectadas pelo bafômetro.