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Famílias se recusam a sair de Três Vendas, diz Defesa Civil 

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As autoridades públicas estão encontrando dificuldades para retirar as famílias de Três Vendas, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, onde água de dique que se rompeu invadiu localidade. 

De acordo com o coronel Moacir Pires, coordenador Defesa Civil estadual no Norte Fluminense, das mil famílias que vivem na região, 500 permanecem na comunidade. 

A água do Rio Muriaé parou de subir, mas ainda há risco para os moradores, já que o escoamento será demorado.

Corte de luz em Três Vendas é para forçar saída de moradores, diz secretário  

O secretário da Defesa Civil de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, Henrique Oliveira, informou hoje (6) que a luz foi cortada na região de Três Vendas para forçar a saída de cerca de 500 famílias que se recusam a deixar o local. A região foi completamente alagada depois que um trecho da Rodovia BR-356, que serve como barragem para conter as águas do Rio Muriaé, se rompeu, criando uma cratera de aproximadamente 20 metros.

“Há previsão de mais chuva durante todo o verão e as estruturas das casas podem não aguentar. Vamos de casa em casa de barco, com assistentes sociais, tentar convencer as pessoas sobre os perigos de doenças como a dengue, a leptospirose e explicar que essa situação deve se manter durante muitos dias ainda”.

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Durante todo o dia de hoje, a Secretaria da Defesa Civil realiza operação para tentar convencer as famílias a saírem do segundo andar de suas casas.

Ontem (6) bombeiros retiraram às pressas do local, em caminhões e barcos, cerca de 4 mil moradores e parte de seus objetos pessoais. As famílias retiradas se encontram temporariamente em duas escolas municipais."O trecho destruído da estrada só poderá ser reconstruído depois que o rio baixar. Por isso, é difícil ter uma previsão de quanto tempo vai levar para os moradores poderem voltar às suas casas”, disse o secretário.

Ele lembrou que em 2007, o Rio Muriaé já havia destruído parte da BR-356 e alagado Três Vendas. Os moradores ficaram quatro meses com suas casas sob as águas e perderam tudo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes fez os reparos em 2008.

Segundo a Defesa Civil estadual, mais de 37 mil moradores das regiões norte e noroeste tiveram que sair de suas casas por conta da chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão é de chuvas fortes no estado do Rio, sobretudo nas regiões serranas, norte e noroeste.