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Adriano participa de reconstituição no carro onde tiro feriu jovem na mão 

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O delegado Fernando Reis, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), no Rio de Janeiro, realizou na tarde desta quarta-feira nova perícia no carro do jogador Adriano, onde uma jovem de 20 anos foi baleada na mão no último sábado. O procedimento confirmou que o tiro partiu do banco de trás da BMW.

Adriano chegou à delegacia pouco depois das 15h para acareação entre os envolvidos no incidente. Além do jogador e da vítima, estavam no veículo o motorista e dono da arma, o policial reformado Júlio César Barros de Oliveira, e mais três mulheres. Todos participavam nesta tarde de uma acareação.

O delegado espera que, frente a frente, os envolvidos esclareçam as circunstâncias do incidente. Ele também quer saber se Adriano estava no banco da frente do veículo, como alega o jogador e as outras quatro testemunhas, ou se estava no banco de trás e disparou a arma, como alega a vítima.

Também prestou depoimento hoje um vigia da boate de onde o grupo saiu. Informalmente, ele disse à polícia que viu Adriano deixando o local no banco da frente do carro.

Adriene Pinto, que foi atingida pelo disparo no sábado, foi levada ao carro de Adriano no pátio da delegacia a fim de reconstituir o caso. Ela caminhava com dificuldade e tinha o braço esquerdo enfaixado. O atleta entrou na frente do veículo, na carona. Atrás dele estava sua amiga, Andreia. Na outra ponta foi Adriene. No meio estavam uma policial civil que fez o papel de Daniele e Viviane. O delegado Fernando Reis fazia perguntas aos envolvidos em torno do carro. O advogado do Adriano acompanha de perto.

Em um segundo momento, o centroavante corintiano passou para o banco de trás e a policial foi para frente. Com 1,9 m de altura, ele entrou com dificuldade no carro e ficou por alguns minutos com metade do corpo para fora e, após entrar, a porta não fechou completamente. Após questionamentos, o delegado encerrou a reconstituição e todos voltaram para dentro da delegacia.

O caso

O atacante Adriano, do Corinthians, é acusado de ter disparado acidentalmente contra Adriene Cyrilo Pinto, 20 anos, dentro de sua BMW na manhã de sábado. A jovem foi baleada na mão depois de sair da boate Barra Music na companhia do jogador e outras mulheres. Quem dirigia o automóvel era um policial militar reformado que tem a posse da pistola .40, um amigo de Adriano, segundo o jogador. Ele havia deixado a arma no veículo porque na casa noturna não era permitido entrar armado.

As versões sobre a autoria do tiro divergem. Adriene diz ter sido atingida acidentalmente quando o jogador brincava com a arma. Já os amigos do atleta afirmam que a jovem efetuou o tiro contra a própria mão.

Adriene foi atendida no hospital Barra D'or, na Barra da Tijuca, e passou uma lavagem cirúrgica para a retirada dos fragmentos da bala. Uma nova cirurgia de reconstrução será realizada na terça-feira.

Sobre o caso, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, afirmou que o clube dará apoio jurídico ao atacante. "O Adriano está de férias e faz o que quiser. Claro que ficamos chateados com o acontecido, mas é uma fatalidade e pode acontecer com qualquer um", disse.

Polêmicas

O atacante Adriano, campeão brasileiro pelo Corinthians, já foi envolvido em outros casos controversos. Em 2009, ele teve que explicar porque uma moto de sua propriedade estava registrada no nome da mãe do chefe do tráfico do Morro da Chatuba, na Penha.

No mesmo ano, Adriano também arrumou uma grande confusão na saída de um baile funk. Na ocasião, o atacante travou uma verdadeira briga com sua então namorada Joana Machado, vencedora da quarta temporada do reality show A Fazenda, da Record.

O ex-jogador da Inter de Milão também apareceu em fotos divulgadas na internet segurando um suposto fuzil, o qual alegou ser uma arma de brinquedo.

No começo deste ano, o jogador, que passou a maior parte da temporada se recuperando de uma lesão e fora dos gramados, se negou a realizar o exame do bafômetro em uma blitz da polícia e teve sua carteira de motorista suspensa.