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Suposto chefe de segurança de Nem é preso na Vila Vintém

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Jurandir Silva Santos, conhecido como Pará, apontado  como o chefe de segurança do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi detido na manhã desta sexta-feira durante operação policial na Favela Vila Vintém, Zona Oeste.De acordo com os policiais, a corporação recebeu a informação de que alguns traficantes da Rocinha, com medo da ocupação prevista para o próximo domingo, estariam procurando abrigo no local.  

Foram detidas ainda outras nove pessoas e apreendidos três fuzis, duas pistolas e uma quantidade não-contabilizada de drogas. Sete dos capturados confessara, atuar na favela da Zona SCinco presos foram atingidos durante o confronto e levados ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.O caso será registrado na 34ª DP (Bangu).

>> Jornal americano diz que prisão de Nem é a maior cartada para pacificação

A prisão de Nem da Rocinha

O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso na madrugada desta quinta-feira no Rio de Janeiro, estava com o equivalente a R$ 180 mil em dinheiro no momento em que foi flagrado no porta-malas de um Corolla. O dinheiro estava divido em cédulas de real (R$ 59,9 mil) e de euro (50,5 mil euros aproximadamente R$ 120 mil).

A polícia desconfiou do veículo porque ele estava com a suspensão baixa. Quando a guarnição fez a abordagem, um dos ocupantes se identificou como cônsul geral da República Democrática do Congo e apresentou um documento de funcionário do consulado. As negativas do homem em colaborar aumentaram a desconfiança dos policiais, além do fato de o carro ter se movimentado quando foi solicitado que parasse.

"Nem em país de guerra passei por um constrangimentos desses" disse o homem a um tenente. De acordo com o comandante do Batalhão de Choque da PM, tenente-coronel Fabio Almeida de Souza, quando os policias questionaram o que havia no porta-malas os ocupantes responderam ser muito dinheiro e por isso o Corolla estava baixo.

O suposto cônsul não deixou que os policiais abrissem o compartimento e disse que só seria revistado na Polícia Federal. Foi então que a PM começou a escoltar o veículo até a superintendência da PF na zona portuária da cidade. Quando o comboio se afastou da blitz o Corolla parou e os três ocupantes ofereceram R$ 20 mil aos policiais para que eles pudessem prosseguir.

A oferta aumentou as suspeitas e então os policias abriram o porta-malas. Nem foi identificado imediatamente e preso. "A orientação dada era acreditar na operação, a equipe acreditou, abordamos todos os veículos que passavam às 23h foi levantada a suspeita sobre esse carro e a não colaboração aumentou essa suspeita", conta o tenente Ronald Cadar.

A Polícia Militar não tinha a informação de que Nem estaria escondido no veículo. Eles acreditavam que o traficante estaria em um veículo abordado horas antes. O carro suspeito transportava traficantes e estava sendo escoltado por policiais. "Sabíamos que a partir daquela prisão qualquer coisa poderia acontecer uma rendição, uma fuga ou até mesmo uma aglomeração para tentativa de resistência", destacou o superintendente da PF, Valmir Lemos de Oliveira.

Para o delegado federal, a ação dos policiais militares foi "acima da média" do que se aprende na academia. "Aprendemos que quando você trata com representações diplomáticas e consulados corremos o risco de causar uma crise entre dois países por isso a atuação desses policiais foi excepcional ao acreditar na operação."