O lançamento da versão preliminar do
Plano Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que os lixões a céu aberto serão
proibidos no país a partir de 2014 e todos os municípios serão obrigados a
separar os resíduos para realizar um descarte ambientalmente correto. Com isso,
as cidades estão cada vez mais incrementando seus investimentos na Gestão de
Resíduos Sólidos.
Na cidade do Rio de Janeiro não será diferente: A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos do Município (Seconserv) confirmou que o orçamento da Comlurb para 2012 enviado à Câmara dos Vereadores prevê que o planejamento do destino de detritos no município implicará em investimentos da ordem de R$ 991,3 milhões.
O aterro de Gramacho,
situado em Duque de Caxias, será desativado e substituído pelo Centro de
Tratamentos de Resíduos de Seropédica, que já está operando desde abril deste
ano, recebendo, diariamente, 3.000t de resíduos. Em dezembro passará a receber
4.000t.. Esse CTR será responsável pelo recebimento de 80% da quantidade de lixo
diária produzida pela cidade e o restante será despejado no aterro de
Gericinó.
Segundo a Seconserv, atualmente, a quantidade de materiais recicláveis da Coleta Seletiva realizada pela Comlurb no Município do Rio de Janeiro em 2011 é de 707 t/ mês. Esse volume é encaminhado às cooperativas de catadores cadastradas pela Comlurb.
A Companhia de Limpeza
Urbana do Rio e o BNDES apostam atualmente em um projeto orçado em R$ 50 milhões
para aumentar a capacidade de reciclagem e organizar a atividade dos catadores.
Seis centrais de triagem serão implantadas. A primeira delas, dentro da usina da
Comlurb, em Irajá, já está em fase de construção e deverá receber até 20
toneladas diárias de materiais recicláveis, gerando trabalho e renda para cerca
de 200 catadores. A previsão é de que fique pronta em seis meses (abril de
2012).
Para debater os desafios e soluções do setor, a Planeja & Informa idealizou o Workshop Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que será realizado no dia 10 de novembro, no Rio de Janeiro. O objetivo é buscar modelos e experiências nacionais e internacionais no manejo de resíduos sólidos e apresentá-los aos profissionais de Construção Civil, Meio Ambiente, Saneamento e para a área acadêmica e governamental (prefeituras, governos estadual e federal). Uma oportunidade para a capacitação de gestores e de difundir boas ideias que podem ser aplicadas por todo o país.