ASSINE
search button

Disque-Denúncia recebe 72 informações sobre assassinato da juíza Patrícia Acioli

Família de magistrada quer segurança para filhos e funcionários

Compartilhar

O Disque-Denúncia já recebeu 72 informações sobre o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, morta na última sexta-feira (12).

Segundo nota divulgada pelo Disque-Denúncia, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para Delegacia de Homicídios da Capital, onde estão os inspetores responsáveis pelas investigações. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone 2253-1177. O anonimato é garantido.

>> Parentes de juíza e moradores de SG cobram punição

>>> Seis PMs são presos com ordem de juíza assassinada no Rio

>>> Força-tarefa de 3 juízes substituirá magistrada morta no Rio

>>> Mãe que denunciou PMs a juíza morta diz se sentir insegura

>>>Polícia Civil tem 20 homens envolvidos nas investigações de morte de juíza

A principal suspeita da Polícia Civil é de que a magistrada tenha sido morta em represália a alguma condenação feita contra um grupo de extermínio desbaratado por Patrícia que agia no município de São Gonçalo.

Parentes querem proteção para filhos

Com medo de novos atentados, parentes de Patrícia Acioli querem segurança para os dois filhos da vítima - de 10 e 12 anos - , para funcionários da casa onde a juíza vivia e para seu ex-marido, um policial militar.

Neste domingo, agentes da Divisão de Homicídios ouviram depoimentos e recolheram informações sobre os bandidos que mataram com 21 tiros a juíza na porta da casa dela em Piratininga, Niterói, na sexta -feira. 

Força-tarefa de 3 juízes substituirá magistrada morta 

Uma força-tarefa formada por três juízes assume nesta segunda-feira a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), onde atuava a juíza Patrícia Acioli, executada na noite da última quinta-feira, em Niterói. Os magistrados farão levantamento dos casos que estavam sob responsabilidade da juíza para avaliar possíveis ligações entre réus e o assassinato. 

O grupo vai levantar detalhes de todos os casos para o cruzamento dos dados com pistas reunidas pela polícia sobre os suspeitos do crime. As investigações convergem para a hipótese de que a juíza tenha sido morta a mando de réus ou condenados por ela. 

A possibilidade de crime passional - o namorado dela, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido fisicamente ao menos duas vezes -, não está descartada oficialmente, mas é considerada cada vez mais improvável.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública. 

Com Portal Terra