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Força-tarefa de 3 juízes substituirá magistrada morta no Rio

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Uma força-tarefa formada por três juízes assume nesta segunda-feira a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), onde atuava a juíza Patrícia Acioli, executada na noite da última quinta-feira, em Niterói. Os magistrados farão levantamento dos casos que estavam sob responsabilidade da juíza para avaliar possíveis ligações entre réus e o assassinato. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O grupo vai levantar detalhes de todos os casos para o cruzamento dos dados com pistas reunidas pela polícia sobre os suspeitos do crime. As investigações convergem para a hipótese de que a juíza tenha sido morta a mando de réus ou condenados por ela. 

A possibilidade de crime passional - o namorado dela, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido fisicamente ao menos duas vezes -, não está descartada oficialmente, mas é considerada cada vez mais improvável.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.