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Adolescente morta em parque de diversões é sepultada no Rio

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Cerca de 150 pessoas acompanharam o sepultamento de Alessandra da Silva Aguilar, de 17 anos, na manhã desta segunda-feira, no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. Ela morreu na madrugada de domingo no parque de diversões Glória Center, em Vargem Grande, na Zona Oeste, após ser atingida por um carrinho que se soltou de um brinquedo. Alessandra estava na fila para comprar ingressos quando foi atingida pelo brinquedo conhecido como Tufão.

Sobre o caixão foi colocada a bandeira do Vasco, time de Alessandra. Amigos e parentes cantaram o hino do clube e os colegas de turma escreveram a mensagem"Lelê, nós te amamos".

Muito emocionada, a mãe de Alessandra, Adriana Barreto da Silva, chamava aos gritos o parque de "maldito". Já o pai, Carlos Augusto Aguilar, também muito abatido, afirmava que queria estar logo perto dela. Ele culpou o dono do parque e afirmou que não ficará de braços cruzados. "Tenho que fazer alguma coisa para que mais vidas não sejam ceifadas".

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Uma nova perícia será feita no parque de diversões onde a adolescente morreu. Segundo a delegada Adriana Belém, titular da 42ª DP, responsável pelo caso, essa nova perícia vai ratificar o posicionamento do perito, e, se possível, colher mais informações para o inquérito policial. 

À tarde, a delegacia vai colher o depoimento de outras vítimas, que sofreram ferimentos leves. O Glória Center Parque de Diversões, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, não tinha alvará da prefeitura para funcionar. 

Além da morte de Alessandra, outras oito pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado grave. Daiane Mesquita, 17 anos, e Vítor Oliveira, 16, sofreram traumatismo craniano. Francine Januário Santana, 20, fraturou a mandíbula. Duas pessoas tiveram alta: Pâmela Beatriz Santana, 17, e Ana Gabriele Vendelha, 18. Uma funcionária do parque que estava na bilheteria sofreu um corte na cabeça.  

Primeira perícia constatou problemas 

Uma perícia feita ontem constatou problemas de conservação no brinquedo. O resultado deve sair em 10 dias. A 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) investiga o caso.  Se for comprovada falha estrutural, a dona do parque e o engenheiro responsável pelo laudo que certificou a segurança do equipamento serão indiciados por homicídio culposo. "Vamos apurar se o carrinho estava com mais pessoas do que o permitido. O operador pode responder pelo mesmo crime", disse a delegada Adriana Belém.  O engenheiro responsável pela vistoria e liberação de funcionamento do parque será intimado a depor e deve se apresentar até terça-feira.