Portal Terra
RIO DE JANEIRO -
A Polícia Civil do Rio abriu inquérito, nesta sexta-feira, contra os motoristas de táxi que agrediram um colega de profissão, na quarta, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Dois motoristas já foram indiciados e responderão por tentativa de homicídio duplamente qualificado. A polícia ainda trabalha para identificar os outros três agressores filmados pelas câmeras de segurança do terminal.
Kleber Luiz Oliveira da Rosa, 31 anos, foi espancado depois de transportar um passageiro até a área de desembarque do aeroporto. Ele foi questionado por um casal sobre uma corrida até Copacabana, acertou os valores, mas em seguida foi avisado de que não poderia fazer a corrida por não pertencer às cooperativas que atuam no terminal. Em seguida, começou a correr, sendo perseguido por um grupo de agressores.
Rosa, casado e pai de uma menina de 7 anos, foi acudido por alguns seguranças e populares e encaminhado ao setor de neurocirurgia do Hospital Miguel Couto. Apesar de ter desmaiado no momento da agressão, ele já recobrou a consciência e se recupera bem, segundo a assessoria do hospital.
A Subsecretaria de Fiscalização de Transportes (SubF), da Secretária de Transportes do Rio, divulgou nota destacando que, apesar de a Infraero trabalhar com determinadas cooperativas de táxi, isso não transforma a área de embarque em "monopólio da prestação do serviço de transporte de passageiros". De acordo com a SubF, o profissional que se sentir ameaçado ou coagido deve fazer denúncia a alguma autoridade policial.
A SubF, no entanto, afirma que sua função é de fiscalizar a conservação e a documentação dos veículos, não tendo responsabilidade sobre casos de violência como o do taxista agredido. Ainda assim, o comunicado informa que "os agressores que forem identificados serão convocados a prestar esclarecimentos e estarão sujeitos a responder administrativamente pela postura inadequada".