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Livro analisa primeiro plano urbanístico da cidade do Rio

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JB Online

RIO - O livro Planos urbanos do Rio de Janeiro: Plano Agache , que faz uma análise do plano de 1920 que propôs mudanças urbanas importantes para a cidade do Rio, será lançado nesta quarta-feira, pela Prefeitura do Rio e a Brookfield Incorporações, no Centro de Arquitetura e Urbanismo.

Elaborado no final da década de 1920 pelo francês Alfred Agache, por solicitação do então Prefeito da cidade, Antônio Prado Júnior, o Plano não foi efetivamente implementado, mas abriu novas perspectivas para o urbanismo no Brasil. As primeiras regras para as construções na cidade foram editadas a partir deste plano, em 1937, que ainda hoje influencia a legislação urbanística.

Sergio Dias, secretário municipal de Urbanismo, destaca a questão social como foco obrigatório na revisão do atual Plano Diretor. O secretário acredita que da mesma maneira que o urbanista Alfred Agache estendeu suas ações às preocupações sociais no primeiro Plano Diretor da cidade, qualquer ideia urbanística voltada para o Rio de hoje jamais pode perder de vista esta filosofia.

O projeto repercutiu na abertura da Avenida Presidente Vargas, na década de 1940. O Plano Agache propôs pela primeira vez o zoneamento da cidade, que incluia a reserva de áreas verdes. Para as estrutura viária, o projeto previu três linhas de metrô e a unificação dos terminais ferroviários da Leopoldina e da Central do Brasil na Praça da Bandeira.

Luiz Fernando Moura, diretor da Brookfield Incorporações, chama a atenção para a importância de se resgatar a história do urbanismo do Rio de Janeiro. Para ele a cidade pode ser melhorada a partir de experiências do passado.

O livro Planos urbanos do Rio de Janeiro: Plano Agache, organizado por Sonia Maria Queiroz de Oliveira, faz parte da programação das comemorações do Ano da França no Brasil.