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RIO - A fim de reorganizar o sistema de saúde pública, a prefeitura do Rio lançou, nesta quinta-feira, o projeto Saúde Presente. Investir na atenção a saúde básica é a prioridade do plano que pretende estender a cobertura do Programa Saúde da Família dos atuais 3,5% da população do Rio, para todos os habitantes até 2012.
Vamos acabar com essa história de as pessoas procurarem uma emergência porque estão com amidalite ou uma dor nas costas disse o prefeito Eduardo Paes Vamos aproximar o paciente do médico que irá acompanhar a realidade desse cidadão para ajudá-lo a se prevenir de outras doenças.
O projeto divide a cidade em 10 áreas e prevê a cobertura completa de saúde em cada uma delas. Os primeiros bairros a serem beneficiados serão Santa Cruz, Sepetiba e Paciência, na Zona Oeste. A previsão é que todos as ações estejam implementadas até março do próximo ano.
Na região, serão investidos cerca de R$ 140 milhões entre recursos municipais e federais para a construção de novas unidades de saúde e as já existentes passarão por reformas. O horário de funcionamento das unidades será ampliado, e vai se encerrar às 20h.
O resultado mais nítido a curto prazo é a queda da mortalidade infantil aponta o médico Oscarino dos Santos Barreto Junior, membro da Câmara Técnica de Medicina de Família e Comunidade do Cremerj. A médio e longo prazo, percebe-se que sai mais em conta do que investir em atendimento de emergência dos hospitais.
De acordo com Barreto, o ideal é que, para cada grupo de três mil habitantes, exista uma equipe do Programa Saúde da Família. No caso do Rio, seriam necessário quase 1.700 grupos que são compostos por médico, enfermeira, técnico, agente comunitário e dentista.