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O crime desta quinta foi inspirado na ação de Copacabana, diz delegado

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Felipe Sáles, JB Online

RIO - O delegado titular de Delagacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), Fernando Veloso, deu entrevista coletiva, há pouco, e comentou os dois assaltos a albergues na cidade do Rio, em menos de 24 horas.

Sobre o caso da Lapa, onde sete bandidos assaltaram 34 turistas de diversas nacionalidade, Veloso afirmou que o crime da madrugada desta quinta-feira foi inspirado na ação de quarta-feira, quando quatro bandidos renderam 13 turistas em um albergue em Copacabana.

- Há semelhanças na dinâmica - reconhece o delegado. - Assim como em Copacabana, os bandidos que agiram na Lapa estavam armados com granadas, pistolas e facas.

Segundo Veloso, por volta das 3h, dois homens entraram no albergue pedindo para ir ao banheiro porque não estavam se sentido bem. O atendente recusou e os bandidos o renderam. Foram levados documentos e pertences nas mochilas dos próprios turistas. Os bandidos ainda amarraram com uma fita parte dos estrangeiros, que só conseguiram se soltar uma hora depois do assalto.

O dono do albergue Samba Villa prestou depoimento da Deat e levantou suspeita de um funcionário, que fora demitido há cerca de um mês. Segundo o delegado, o funcionários acusado se defendeu das cusações, disse que já está em outro emprego e ainda acusou que o albergue lhe deve direitos trabalhistas.

- Estados estudando uma operação com a prefeitura para fiscalizar os albergues do Rio - anunciou Fernando Veloso.

Cinco batalhões da Zona Sul, do Centro, além do Batalhão de Polícia do Turismo (BPTur)foram acionados para fazer rondas nas áreas de concentração de albergues.

Copacabana

Sobre o assalto da madrugada de quarta-feira em um albergue em Copacabana, o delegado Fernando Veloso informou que o grupo é composto por jovens de classe média. Um já foi identificado: Rodrigo Mota Coutinho, de 26 anos, conhecido como Pelico de Leme . Ele está foragido da polícia desde 2005 e já esteve preso por porte ilegal de armas. Rodrigo foi reconhecido por duas das 13 vítimas.

Ainda segundo o delegado, os outros três que integravam o grupo ainda estão sendo procurados pela polícia. Os investigadores aguardam as imagens do circuito interno de prédios e estabelecimentos comerciais vizinhos do albergue.

- A versão de que um funcionário esteja envolvido na ação se enfraquece no andamento das investigações - concluiu Veloso.