ASSINE
search button

Preso deputado acusado de chefiar a milícia

Compartilhar

JB Online

RIO - O presidente da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, convocou em caráter extraordinário, os membros da Mesa Diretora, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e do Conselho de Ética para a reunião nesta quarta-feira, para decidir se a Casa vai manter do deputado do DEM, Natalino Guimarães na prisão.

O parlamentar foi detido no fim da noite desta segunda-feira, acusado de chefiar a milícia na Zona Oeste do Rio. Os autos da prisão em flagrante serão analisados pela direção da Casa, que vai decidir se convocará ou não os demais deputados para votar em plenário sobre a soltura de Natalino.

O deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) e outras cinco pessoas foram presos no fim da noite desta segunda-feira. O parlamentar foi detido do na casa dele, na Rua Itatitara, em Campo Grande. Natalino é acusado de chefiar a milícia conhecida como Liga da Justiça, que atua na Zona Oeste. A operação que prendeu o deputado foi comandada pelo delegado da 35ª DP (Campo Grande), Marcus Neves e envolveu mais de 100 policiais militares e civis. O delegado investiga a ação de grupos paramilitares na região. Dentro da casa, segundo Neves, estaria sendo realizada reunião entre Natalino e outros 15 milicianos, que também seria comandado pelo irmão dele, o vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), que está detido desde dezembro.

Por volta das 23h, os agentes cercaram a casa de Natalino. Houve tiroteio e um homem identificado como Fábio Gordo foi baleado. Além de Fábio Gordo e do parlamentar, foram presos o cabo do 27º BPM (Santa Cruz) Rogério Alves de Carvalho, motorista de Natalino, o cabo do Regimento de Polícia Montada da PM (RPMont) Ivilson Umbelino de Lima, o Bibico, que se apresentou no batalhão, o agente penitenciário Wagner Rezende de Miranda, o Waguinho, 52, que seria segurança do deputado, e um assessor dele na Alerj, Júlio César Pereira da Costa, 40. O restante do bando conseguiu escapar.

Na operação, foram apreendidos armas, munição, seis carros estacionados próximo a casa, além de computadores. O delegado informou que foi encontrada também uma lista com nomes de pessoas que forneciam dinheiro para a milícia. Entre outros crimes, eles vão responder por porte ilegal de arma e foramção de quadrilha.

Um grupo 30 pessoas protestou contra a prisão do deputado Natalino Guimarães (DEM) na porta da 35ª DP (Campo Grande), na manhã desta terça-feira. Os pocilicias jogaram gás de pimenta nos manifestantes. A Polícia Militar foi chamada e a rua da delegacia foi interdidata.

Natalino alegou que está sendo perseguido pelo delegado Marcus Neves disse que era inocente e que está sendo vítima de uma covardia. Natalino é acusado também de ser o mandante do atentado a bomba contra a 35ª DP.