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Eduardo Paes se defende de acusações e garante que não vai haver terceirização de responsabilidades

José Peres -
Eduardo Paes
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O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), voltou a negar participação em esquema de suposto pagamento de caixa 2 para sua campanha de reeleição à prefeitura do Rio, em 2012, do qual faria parte a construtora Odebrecht. O assunto foi abordado em sabatina realizada pelo RJTV- 2ª edição, que foi ao ar ontem, pela Rede Globo.

Em junho passado, Paes prestou depoimento sobre o assunto ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. A denúncia foi feita pelo marqueteiro Renato Pereira, que trabalhou com o então ex-prefeito do Rio. A propina estaria relacionada ao vencimento, pela construtora, para a realização da obra da TransOeste.

“Já foram feitos três depoimentos e não há referência à minha pessoa. Ele fala que ouviu do Leandro (Azevedo) da Odebrecht. Ele está mentindo e vai ter que provar. Foram oito delatores e todos foram unânimes em afirmar que não houve propina”.

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Eduardo Paes estranha o surgimento de depoimentos de secretários seus justamente na semana que precede as eleições do segundo turno (Foto: José Peres)

A três dias do primeiro turno das eleições, o juiz Marcelo Bretas ouviu em depoimento o ex-secretário de Obras de Eduardo Paes na prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto. Ele acusou o ex-prefeito de ter negociado uma propina de 1,75% sobre o contrato de uma obra de R$ 600 milhões, tocada pela Odebrecht. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, Bretas condenou Pinto, também ontem, a 23 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em uma ação na qual Paes não é reu.

Bretas é próximo do candidato Wilson Witzel (PSC), adversário de Paes no segundo turno das eleições. Wilson cita Bretas em um de seus programas eleitorais, como sendo uma das pessoas de quem ele está ao lado.

“Eu defendo que os depoimentos sejam prestados sempre e que as investigações aconteçam. Mas é muito estranho surgir na semana das eleições esses dois depoimentos que acusam secretários meus”, disse Paes, em referência a Alexandre Pinto e também a Luiz Antônio Guaraná.

Perguntado sobre seus planos em relação à segurança, Paes afirmou que pretende agir para reduzir a violência nas ruas com o aumento do policiamento ostensivo; que vai investir em inteligência e investigação e que pedirá auxílio às Forças Armadas no combate ao crime.

“O que não vai ter é terceirização de responsabilidade”, afirmou.

Na sabatina, o candidato do DEM disse que, se eleito, vai pedir para o prefeito Marcelo Crivella para transferir para o estado a construção de 26 escolas que ele não fez, na sua gestão à frente da prefeitura do Rio, de um total de 276 que prometera entregar para os cariocas.

O sucesso da sua gestão à frente da prefeitura do Rio foi questionado pelo fato dele ter recebido apenas 24% dos votos dos eleitores da capital. Além disso, entre os 92 municípios do Rio de Janeiro, ele venceu em oito, sendo que em Maricá, ficou em quarto lugar - a cidade foi chamada de “merda de lugar” pelo então ex-prefeito Paes em conversa telefônica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Como prefeito, fiz muita coisa pela cidade. Mostrei que os desafios tinham soluções. Agora, estou buscando soluções para o estado”, garantiu.

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