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EXPOSIÇÃO - Reflexão sobre o equilíbrio na vida e na arte

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A oitava edição do Entreartes chega ao Museu do Ingá com uma legítima provocação de discutir o papel da tecnologia nas relações humanas da atualidade. Em tempos nos quais se fala em uma sociedade cada vez mais ágil, comunicativa, criativa e com conexões globais instantâneas, a pergunta que se faz é: onde está o equilíbrio em todas essas relações? E é justamente esse o tema da atual edição, com obras das artistas Ana Morche, Ana Schieck, Bia Torres, Lia Berbert, Renata Barreto e Wil Catarina.

Macaque in the trees
Museu do Ingá (Foto: Divulgação)

A artista Ana Morche tem um longo caminho percorrido nas artes plásticas, desde a década de 80. De lá para cá investiu em várias técnicas diferentes, tais como a cerâmica de alta temperatura; a escultura; o desenho em crayon, bico de pena, lápis de cor e pastel oleoso; a pintura acrílica e a aquarela. Essa última acabou se tornando sua grande paixão em função das transparências. Formada em Letras pela Universidade Federal Fluminense-UFF, com especialização em Arte-Educação, pela Universidade Salgado de Oliveira, a artista adicionou ainda à sua bagagem acadêmica cursos no Museu de Arte Moderna, sob a orientação do artista Gonçalo Ivo e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com Jayme Sampaio.

Com o ingresso no curso de Bacharelado em Artes na UFF, a professora e artista visual, Ana Schieck vivencia um momento ímpar em sua trajetória, a partir da retomada do seu trabalho de cunho individual. Formada em Educação Artística e pós-graduada em História da Arte, Ana dedicou muitos anos de sua vida à docência e agora se debruça em um conjunto de desenhos que explora as formas de um objeto cotidiano e banal, mas que segue um padrão tradicional de ser e fazer: a máquina de costura.

A despeito do estágio inicial em que se encontra como artista plástica, a deficiente auditiva Bia Câmara Torres revela, através da arte, toda a sua capacidade de se expressar nesse mundo cada vez mais midiático. Apesar de sempre ter desenvolvido atividades manuais no passado, foi recentemente que ela vislumbrou no movimento artístico uma forma de marcar a sua presença no mundo. Ela conta que iniciou as aulas de pintura há um ano e que desde então vem nutrindo essa paixão pelo ofício. “Descobri um dom que quero levar adiante”, conta a artista, advertindo que “esse será apenas o começo”.

Lia Berbert tem todo um passado dedicado ao desenvolvimento de sua veia artística. Desde a infância frequentou o centro de arte e cultura do Pathernon, em Niterói, onde refinou suas habilidades, tanto para o desenho quanto para a pintura. Porém, uma alergia às tintas e solventes a afastou temporariamente da atividade, mas a arte nunca saiu de sua vida. Naturalmente, ao completar 18 anos sua opção acadêmica foi para a escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, onde, após cinco anos, conquistou o diploma de programadora visual.

Há 15 anos representando a Barreto Cysneiros – Arquitetos Associados, um dos 20 escritórios mais atuantes de Niterói, a artista plástica Renata Barreto tem em sua arte características herdadas da sua formação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense - UFF. A despeito do trabalho desenvolvido na Barreto Cysneiros, ela também se destaca no segmento das artes.

A artista visual Wil Catarina é dona de uma carreira consolidada como Designer Gráfica e Digital. Formada em desenho técnico, produção publicitária e artes, ela teve o trabalho reconhecido com a publicação de sua arte no selo comemorativo do Ano Polar Antártico. O lançamento aconteceu simultaneamente na saudosa Estação Antártica Brasileira, a Comandante Ferraz, e no Senado Federal. Atualmente ela está completando o curso de Artes na UFF.

SERVIÇO: 8º Entreartes / Até 31 de agosto / De terça a sábado, das 12h às 17h / Museu do Ingá - Rua Pres. Pedreira, 78 - Ingá / Realização: Museu do Ingá e Equipe Cacau Dias / Entrada franca.