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Censo 2022: Rio de Janeiro é o estado com maior presença feminina no país

No recorte por municípios, Niterói aparece em 4º no ranking nacional, com 84,53 homens para cada 100 mulheres

O Rio de Janeiro é delas
Foto: Reprodução

O Rio de Janeiro é o estado com maior predominância de mulheres em relação a homens no Brasil. No recorte fluminense, são 89,4 pessoas do gênero masculino para cada 100 do gênero feminino. Esses são os números revelados pelos novos dados do Censo de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os dados, 52,8% dos fluminenses são mulheres. São quase 900 mil mulheres a mais do que homens.

  • População do RJ: 16.055.174
  • Mulheres: 8.477.499 (52,8%)
  • Homens 7.577.675 (47,2%)

No recorte por municípios, Niterói aparece em 4º no ranking nacional, com 84,53 homens para cada 100 mulheres.

O ranking por estado é o seguinte:

  1. Rio de Janeiro: 89,4 homens para cada 100 mulheres
  2. Distrito Federal: 91,1 homens para cada 100 mulheres
  3. Pernambuco: 91,2 homens para cada 100 mulheres
  4. Sergipe: 91,8 homens para cada 100 mulheres
  5. Alagoas: 91,9 homens para cada 100 mulheres
  6. São Paulo: 93 homens para cada 100 mulheres
  7. Paraíba: 93,9 homens para cada 100 mulheres
  8. Rio Grande do Sul: 93,4 homens para cada 100 mulheres
  9. Bahia: 93,6 homens para cada 100 mulheres
  10. Rio Grande do Norte: 93,8 homens para cada 100 mulheres

A pesquisa também mostra que, no geral, o Brasil tornou-se mais feminino nos últimos 12 anos. São 6.015.894 brasileiras a mais do que brasileiros. Em proporção, 51,5% x 49,5%. Significa dizer também que, para cada 100 mulheres no país, há 94,2 homens. Em 2010, no último censo, essa relação era bem menor: 98,7.

A disparidade é ainda mais chocante se comparado ao censo realizado pelo IBGE, em 1940: na época, o número de mulheres e homens no Brasil era quase o mesmo: 40 milhões de pessoas viviam no país, com cerca de oito mil mulheres a mais. A partir daí, esse desequilíbrio foi se tornando cada vez maior, principalmente por conta da queda na mortalidade materna após o parto.

Em todas as grandes regiões do Brasil, a tendência é de aumento da população feminina nos últimos censos demográficos. Pela primeira vez em 2022, até a Região Norte apresentou um número maior de mulheres do que de homens. Segundo o levantamento do IBGE, a proporção de homens na população só é maior até os 24 anos de idade.

Mas por qual motivo o Brasil está se tornando um país cada vez mais feminino?

A pesquisa do IBGE mostra que a proporção de homens na população é maior até os 24 anos de idade. Especialistas explicam que, durante a adolescência e a idade jovem adulta, a mortalidade dos homens se acentua, por estarem mais expostos à violência, principalmente homicídios, e a acidentes de trânsito ou no trabalho.

Com o envelhecimento geral da população brasileira, que agora tem 10% acima dos 65 anos, a presença feminina também cresceu. Isso porque, tradicionalmente, as mulheres vivem em torno de sete anos a mais que os homens. Há 94,2 homens para cada cem mulheres. Essa relação era de 98,7 em 1980.

A expectativa de vida maior das mulheres é comum no mundo todo, mas no Brasil, por conta da violência urbana, que mata mais os homens, aumenta essa diferença em torno de três anos. Ao longo do ciclo de vida, a mortalidade masculina também tende a se manter maior por conta da falta de cuidados pessoais e atenção à saúde entre os homens.

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