RIO

Complexo da Penha: três dos 10 mortos não tinham fichas criminais

Outros sete mortos somam 135 passagens pela polícia

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 04/08/2023 às 21:29

Alterado em 04/08/2023 às 21:29

Complexo da Penha foi alvo de operação na quarta-feira Foto: Reprodução/Redes Sociais

Três dos dez mortos durante operação das polícias Civil e Militar no Complexo da Penha, na terça-feira passada (1º), não tinham anotações criminais. O objetivo da ação, segundo a Civil e a PM, era capturar criminosos que participavam de uma reunião na localidade conhecida como Vacaria, na qual estariam organizando invasões a territórios controlados por bandidos rivais.

Thalles Alexander Coelho de Sousa (26), Luciano Santos Monteiro da Costa (20) e André Luiz Vasconcellos Marinho (17) foram mortos sem acusações. Contra eles, não consta mandado no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP). A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) disse que investiga as circunstâncias das mortes.

Os fichados

Outros sete mortos somam 135 passagens pela polícia.

Apontado como gerente do tráfico, Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Chatuba, tinha 75 anotações criminais por 16 crimes diferentes. Fiel, de 29 anos, já foi fichado por tráfico de drogas, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, homicídio, tortura, roubo de carga e extorsão. Ele foi apontado como gerente do tráfico nas comunidades da Chatuba e Sereno, na Penha, com influência ainda no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. Ele também tinha seis mandados de prisão em aberto.

Já Cláudio Henrique da Silva Brandão, o Do leme, também morto na operação, era segurança do Fiel e tinha 41 anotações criminais. No último dia 21 de junho, Fiel, Do leme e outras 24 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio por crimes de organização criminosa, extorsão qualificada, tráfico de drogas e esbulho possessório (tomar posse de um bem de forma ilegal).

Felipe da Silva Guimarães Júnior, o Zangado, tinha uma passagem por tráfico de drogas. Contra ele havia um mandado de prisão definitiva em aberto para cinco anos de reclusão por associação para o tráfico.

João Vitor dos Santos Fernandes, de 20 anos, tinha dois mandados de prisão em aberto e 13 anotações criminais. Outro morto na ação, Yuri Ramon Sousa da Silva, de 27 anos, tinha um mandado em aberto desde 2020 por estelionato e uma passagem pela polícia por associação para o tráfico.

Cristiano Ferreira dos Santos, de 28 anos, e Renato Soares da Rocha, de 31, duas anotações cada um. Rocha passou pelo sistema prisional entre 2013 e 2014. Ele foi preso em julho de 2013, na localidade conhecida como “Viela Cabaret”, na comunidade da Chatuba, na Penha, com farto material entorpecente.

Renato Soares da Rocha, o Torra, de 31 anos, tinha duas anotações criminais pelos crimes de porte de drogas e tráfico de drogas.

Yuri Ramon Sousa da Silva, de 26, tinha um mandado em aberto desde 2020 por estelionato e uma anotação criminal por associação para o tráfico.

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