ASSINE
search button

Policiais e empresários são presos por esquema de propinas no Rio

Compartilhar

A Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrou uma operação nesta terça-feira (11) com o intuito de desmantelar uma suposta organização criminosa que, segundo as investigações, alcançava a superintendência da PF-RJ.

Foram expedidos três pedidos de prisão temporária, mais seis de prisão preventiva e outros 25 mandatos de busca e apreensão.

A ordem partiu da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em operação chamada Tergiversação, que atinge servidores públicos e empresários suspeitos de cobrar propina de alvos de investigação em inquéritos policiais. De acordo com a PF-RJ, policiais e empresários estão entre os detidos.

Ainda segundo a Polícia Federal, um delegado e um escrivão teriam recebido valores para evitar que investigados fossem expostos na mídia e ainda favorecê-los nas apurações que estavam por vir. Os pagamentos, afirma a investigação, chegam a R$ 1,5 milhão, em dinheiro.

Os inquéritos estão relacionados às Operações Titanium e Viupostalis/Recomeço, e os servidores públicos receberiam vantagens indevidas em razão das funções exercidas na instituição. 

"Mais uma vez, ressaltamos que a repressão contra atos de servidores do órgão policial é extremamente sensível e é essencial para a manutenção da lisura e do compromisso que a Polícia Federal tem de servir à sociedade brasileira", disse a PF, em nota.

As investigações contaram com o auxílio de colaboração premiada de empresários abordados. Os suspeitos podem responder por corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.