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Bolsonaro diz que irá confirmar nomeação de reitora eleita para a UFRJ

REUTERS/Adriano Machado -
Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda (20) que vai confirmar a nomeação de Denise Pires de Carvalho para a reitoria da UFRJ, respeitando decisão interna da instituição.

Professora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Carvalho foi eleita pela comunidade acadêmica em primeiro turno, com 24,66% dos votos.

Em discurso na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o presidente disse ter tomado conhecimento de que "ela é a mais adequada para estar à frente da UFRJ" e que assinará a nomeação na tarde desta segunda.

A eleição ocorreu no início de abril e a demora na nomeação preocupava o corpo acadêmico da universidade.

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Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Carvalho será a primeira mulher a comandar a instituição. ela substitui Roberto Leher, que enfrentou uma das piores crises da história da universidade, com o incêndio que destruiu o Museu Nacional, e entrou na mira de apoiadores de Bolsonaro por ser filiado ao PSOL.

"Tomei conhecimento a respeito dela pela lista tríplice, bem como de amigos mais chegados, é a pessoa adequada para estar à frente da UFRJ", disse o presidente, sem citar nomes.

"Já falei que é reitora então já dei a dica de quem é", continuou, completando que, com a nomeação de uma mulher, poderia ser chamado de "homemfóbico".

Carvallho terá como vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha, professor do Instituto de Economia. No processo eleitoral, eles venceram duas outras chapas, lideradas por Roberto dos Santos Bartholo Junior, da Coppe/UFRJ, e João Felippe Curry Marinho Mathias, do Instituto de Economia.

No fim de abril, o Colégio Eleitoral da UFRJ elaborou a lista tríplice para avaliação do governo. Com 82 dos 90 votos, Carvalho ficou em primeiro lugar entre as sugestões do colégio. Os outros candidatos levados ao governo foram Eduardo Mach Queiroz, e Gisele Viana Pires.

Em seu discurso nesta segunda, Bolsonaro defendeu o contingenciamento de verbas para a educação, frisando que o país não tem recursos. "Por isso precisamos da reforma da Previdência", argumentou o presidente.

NICOLA PAMPLONA

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reitor | UFRJ