Você já deve ter visto as 'amarelinhas' e as 'verdinhas' dominando as ruas do Rio de Janeiro. Para quem achava que patinete era brinquedo de criança, já pode mudar de ideia. Atualmente, ele é opção de lazer e ajuda nos deslocamentos pela cidade.
Depois das bicicletas compartilhadas, o patinete eletrônico vem se popularizando e virou febre entre os cariocas e turistas.
Para utilizar o serviço é muito simples, basta acessar o aplicativo de celular e o usuário pode encontrar um disponível e liberá-lo para uso, também pelo celular. Assim, o usuário basta subir no patinete, dar um impulso e o restante é do guidon. Como ele é elétrico, de um lado acelera e de outro freia.
Custos
Para desbloquear o patinete compartilhado, o valor médio é de R$ 3 e a cada um minuto é cobrado R$ 0,50. Para andar é preciso ter carga.
Start ups
Já são pelo menos duas empresas de start ups atuando na cidade maravilhosa. É que a Yellow, desembarcou em dezembro no ano passado e comemora os resultados positivos. "Estamos muito satisfeitos com a operação da Yellow no Rio", diz Marcel Bely, gerente de relações públicas da Yellow.
Atualmente, a empresa está presente nos bairros do Leblon, Ipanema e Copacabana e Centro. O projeto é colocar mais patinetes, mas ainda não existe uma previsão de data. Por questões estratégicas, a Yellow não divulga números.
Já a Tembici - que não abre números absolutos de viagens - registrou na primeira semana de janeiro deste ano um aumento de 20% no número de viagens realizadas em comparação à dezembro. A utilização do serviço apresenta crescimento estável semana a semana. Já foram 220 mil minutos (3550 horas) desde o começo do projeto, informa Marcella Bordallo, gerente regional da marca.
De olho no mercado em expansão, a empresa já pretende ampliar a sua atuação na cidade. um crescimento estável semana a semana. Já foram 220 mil minutos (3550 horas) desde o começo do projeto.
Sobre a concorrência, a executiva da Tembici explica que o modelo já é consolidado e estabeleceu uma confiança com os usuários em mais de 16 cidades, principalmente com as bicicletas. "Nossa operação com bicicletas, no Rio de Janeiro, mostram que o carioca já colocou a bicicleta como parte do seu cotidiano para o deslocamento da última perna na ida e volta do trabalho. Além de usar as bicicletas em seu momento de lazer, em especial aos finais de semana".
Ela acredita que com o patinete, a marca irá oferecer "mais uma opção de modal para auxiliar tanto no transporte diário como no momento de lazer, por isso as estações estão localizadas na orla."
Outro diferencial são as estação que são fixas na retirada e devolução do serviço. "Traz para o usuário a confiabilidade e a previsibilidade para que ele entenda a bicicleta como meio de transporte e a insira no seu cotidiano sem medo".
Serviço divide opiniões
Apesar de auxiliaram na mobilidade urbana, o uso dos patinetes eletrônicos divide opiniões de motoristas, usuários e pedestres. Enquanto uns elogiam a praticidade do serviço e a facilidade de encontrar o veículo em qualquer local, outros criticam pelos mesmos motivos. Condução em alta velocidade nas calçadas, a circulação na linha do VLT, na orla das praias e o desrespeito ao trânsito são algumas da queixas.
Nas redes sociais, há diversos relatos de acidentes e reclamações sobre onde os patinetes são entregues - não existe um local de referência como no caso das bicicletas compartilhadas.
As empresas explicam que existe um responsável por organizar a colocação dos veículos, mas que é necessário o "bom senso" do usuário ao deixar o patinete.
Em nota, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro esclarece que ainda não existe uma regulamentação para aplicação de multa a condutores de patinetes elétricos.
"A Guarda Municipal orienta os condutores em ações realizadas nos finais de semana nas áreas de lazer e ciclovias. Durante a ação educativa, os guardas distribuem folheto informativo sobre o uso correto das ciclovias e das áreas de lazer na orla da cidade, para promover uma boa convivência entre pedestres, ciclistas, skatistas, patinadores e frequentadores em geral, além de orientar sobre as posturas municipais adequadas para as áreas de lazer que são muito utilizadas nos fins de semana pelos cariocas. Entre as informações contidas nos folhetos está a orientação para ciclistas respeitarem o limite de velocidade na ciclovia (20km), a proibição de pedalar na contramão e a necessidade do ciclista respeitar as leis de trânsito."
Orientações para uso:
- Não trafegar com mais de 1 pessoa;
- Idade mínima de 18 anos para locação de equipamentos;
- Dê sempre preferência ao pedestre. Lembre-se: o pedestre é o mais vulnerável. É obrigação de todos cuidar da sua segurança.
- Não use celular nem fone de ouvido enquanto conduz o patinete. Esteja atento a sua condução.
- Use sempre o capacete bem preso à cabeça e ajustado adequadamente.
- Respeite sempre os semáforos e as sinalizações de trânsito.
- Jamais conduza o patinete se houver ingerido álcool.
- Segure sempre o guidão com as duas mãos.