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Após fala de Crivella, Witzel diz que acusações contra a PM são 'levianas'

Fernando Frazão/Agência Brasil -
Wilson Witzel (PSC)
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O governador Wilson Witzel divulgou um vídeo na manhã desta quarta-feira (20) criticando acusações de corrupção contra a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O vídeo foi divulgado após ter sido vazado um áudio do prefeito Marcelo Crivella no qual, ao falar com servidores, ele afirma que o Rio é “uma esculhambação completa”, e que PMs sobem o morro para pegar "arrego", o que chamou de “o troco da cocaína”.

"Por que esses meninos (do tráfico) são tão valentes? É porque, quando o político rouba e fica rico, o comandante do batalhão também quer ficar rico. O coronel quer ficar rico. O tenente, o sargento querem ficar ricos. Aí, eles sobem o morro para pegar o arrego. O arrego é o troco da cocaína", disse Crivella na gravação.

Em seu vídeo, Witzel não cita nominalmente Crivella, mas afirma que não admite e não aceita "qualquer tipo de declaração leviana que coloque em dúvida a integridade moral da atuação dos nossos comandantes, oficiais e praças". E que "a PM merece respeito". 

Nota da prefeitura 

Em  comunicado oficial, a prefeitura do Rio de Janeiro esclarece sobre a reportagem publicada pelo Jornal O Globo, na edição desta quarta-feira (20), sob o título "Prefeito diz que Rio é uma esculhambação completa". Marcelo Crivella disse, em um vídeo nas redes sociais, que respeita a PM do Rio e diz “que a corrupção é a raiz de todos os males. E a corrupção dos políticos penetrou sim um setor da polícia militar. Eu fiz questão de dizer uma minoria”.

Confira a publicação do prefeito na íntegra:

"Mais uma vez o jornal O Globo usa de fake news na tentativa de imputar a mim inverdades. Quero deixar claro a todos os integrantes da nossa valorosa PM : uma minoria que se desvirtuou ao longo do cainho não será capaz de macular uma história centenária. Porém, não podemos fechar os olhos ao câncer da corrupção que tomou conta de várias instituições do nosso Rio de Janeiro. O futuro do Brasil e do Rio residem na nossa resiliência em combater o mal do século 21, a corrupção.

Fake news

O prefeito contesta a reportagem a qual acusa de fake news e deixa claro alguns itens que considera desvirtuados pela reportagem:

1) A fala do prefeito está completamente descontextualizada e é muito mais uma FakeNews de um meio de comunicação em escancarada decadência do que uma matéria jornalística séria;


2) Em sua fala a servidores, portanto com dezenas de testemunhas, o Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi claro ao dizer que a corrupção que devastou nosso Estado não se restringiu à Polícia, mas alcançou vários setores e Instituições: "O mau exemplo dos políticos contaminava policiais, coronel, tenente, soldado, mas, graças a Deus, uma minoria. Como contaminava procurador geral, conselheiros de contas, engenheiros de obras e até secretários de saúde e diretores de hospitais".


3) Não houve em um momento sequer ataque a instituição da Polícia Militar e sim a MINORIA de maus profissionais que macularam a imagem da instituição centenária e que tem em sua história uma extensa lista de bons serviços prestados à sociedade; o prefeito lembra que quando o ex-ministro da Justiça generalizou sua critica à Policia Militar do Rio de Janeiro foi ele quem se levantou em defesa da instituição em diversas ocasiões, inclusive em solenidade na Marinha com a presença do então Presidente da República Michel Temer e o próprio ministro.


4) Em outro ponto de sua fala, o prefeito Marcelo Crivella destacou o que tem feito nos seus dois anos de gestão: colocar a casa em ordem, após receber a Prefeitura em estado de penúria econômica e de gestão. O foco tem sido o conserto de desmandos de governos anteriores, inclusive contratos danosos à população carioca, como BRT, OSs, Lamsa - Linha Amarela;


5) Sobre o VLT, o prefeito afirma que não critica o serviço de bondes. Mas a responsabilidade de garantir demanda por parte do Município que é, sim, uma “porcaria” e consta no contrato assinado entre a gestão passada e o consórcio operador. Isso porque erros nos Estudos de Viabilidade Econômica definiram um público mínimo de usuários da ordem de 260 mil passageiros/mês, mas o público atual não passa dos 80 mil usuários diários. Isso leva a um desequilíbrio econômico anual da ordem de R$ 200 milhões, que pelo contrato assinado deve ser coberto pelo Tesouro Municipal. Como o prazo da concessão é de 25 anos o custo total chega a 5 bilhões a serem sangrados do Tesouro Municipal. Crivella reafirma que esses recursos farão muita falta para cuidar da cidade e nas áreas de saúde e educação;


6) Finalmente é importante destacar que as agendas do prefeito são públicas e o encontro mencionado por O Globo foi divulgado em sua agenda oficial, disponível no Portal da Prefeitura, acessível a toda população, diferentemente do que o decadente jornal afirma na mesma reportagem.

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crivella | PM | PREFEITO | witzel