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Sindicato ajuíza ação contra Estrela Azul

Luciano Belford/AE -
Funcionários da Estrela Azul na segunda-feira, diante dos portões fechados da empresa, localizada no Sampaio: ação coletiva
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Cerca de 250 funcionários da viação Estrela Azul, entre motoristas, cobradores, mecânicos, fiscais e empregados administrativos, estiveram, ontem, na sede do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Rio de Janeiro para assinar a autorização que permite ao Sintraturb Rio ajuizar uma ação na Justiça que garanta os direitos aos 400 trabalhadores que perderam o emprego depois que a empresa anunciou o fechamento.

O vice-presidente do Sintraturb Rio, José Carlos Sacramento, informou que uma audiência foi marcada para está às 8h35 de hoje, na 81ª Vara do Trabalho, no Centro. O objetivo é ingressar com o processo de rescisão dos contratos dos trabalhadores com a empresa. “Vamos solicitar ao juiz, inicialmente, que seja liberado o mais rápido possível o FGTS e o seguro-desemprego de todos os funcionários, para que eles possam ter um pouco de tranquilidade até se colocarem de novo no mercado”, disse Sacramento.

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Funcionários da Estrela Azul na segunda-feira, diante dos portões fechados da empresa, localizada no Sampaio: ação coletiva (Foto: Luciano Belford/AE)

O vice-presidente do Sintraturb lamentou a situação. “É muito triste e preocupante, já que infelizmente tanto a prefeitura como a Fetranspor não estão dando o devido valor ao transporte público de passageiros na cidade, e quem acaba pagando o pato por isso é a categoria e os passageiros. Em todos esses anos de sindicalismo jamais havia visto uma situação tão degradante”, contou Sacramento.

O sindicato também pretende incluir na ação o pagamento de salários, cesta básica, vale-refeição e 13°, que estão atrasados. Sacramento lembrou ainda que, em dezembro passado, os funcionários já haviam feito uma paralisação de advertência, porque a empresa não cumpriu o acordo feito entre o sindicato e o TRT do pagamento de oito meses de salários atrasados em 24 parcelas.

A direção da empresa chegou a pagar R$ 800 referentes à parte da primeira parcela de R$ 1.200, comprometendo-se a pagar o restante na sequência, o que acabou não acontecendo.

A Estrela Azul atendia as linhas 292, 311, 464, 434 e 435, e transportava cerca de 30 mil passageiros diariamente entre as Zonas Norte e Zona Sul da cidade.