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MP vai investigar desastre ambiental

Transpetro e Inea serão alvo de inquérito civil do Ministério Público sobre vazamento de duto

Mario Moscatelli -
O biólogo Mario Moscatelli visitou, ontem, o manguezal do Rio Estrela, onde constatou a vegetação atingida pelo óleo, além de aves sujas, como o savacu, e caranguejos agonizando
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As consequências do vazamento de óleo de um duto da Petrobras no Rio Estrela e, no deságue, na Baía de Guanabara no último sábado vêm sendo sentidas nos ecossistemas locais. Mangues, caranguejos, pássaros cobertos de óleo são cenas aparentemente distantes da versão da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Responsável pela logística e pelo transporte de combustíveis, a empresa diz que 79% do volume vazado já foram retirados. E que o montante total é de 60 mil litros despejados após uma tentativa de furto. Segundo o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marcos Lima, daqui a uma semana deve ser estipulada a multa a ser liquidada pela Transpetro. O Ministério Público Estadual (MPE), contudo, quer aprofundar o caso.

Em nota ao JORNAL DO BRASIL, a assessoria de imprensa confirmou a instauração de um inquérito civil, deixando claro que a Transpetro e o Inea serão investigados pelo Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema).

Alexandre Anderson, presidente da Associação Homens e Mulheres do Mar, assegura que não se trata de furto. “Não existia acesso, um caminho, para o duto. E eles consertaram três dutos em vez de um. Ontem (anteontem) fomos proibidos de ir lá por terra ou mar. Um dia se chegará à conclusão que não foi furto e, sim, fadiga do material do duto. E que ao menos 300 mil litros, e não 60 mil, foram espalhados na região”, diz o pescador.