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Alerj recebe bancada da bala e governador eleito

Flávio Bolsonaro reúne deputados do PSL; Witzel encontra Ceciliano

Thiago Lontra/Alerj -
O presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (do PT, de blazer azul), conversa com o governador eleito Wilson Witzel
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Visita, reunião, definições. A semana começou movimentada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ontem à tarde, o governador eleito Wilson Witzel (PSC) visitou o Palácio Tiradentes, onde foi recebido pelo presidente em exercício da Casa, André Ceciliano (PT). Pela manhã, os 13 deputados eleitos pelo PSL se reuniram no gabinete do líder do partido na Alerj e senador eleito Flávio Bolsonaro. O saldo do dia foi a decisão do nome que vai liderar o PSL na próxima legislatura: Alexandre Knoploch. Além disso, a disputa pela presidência da Alerj ganhou novo contorno com a desistência de um postulante ao cargo: o líder do PSC, Márcio Pacheco.

“Coloquei meu nome na disputa (da presidência da Alerj), mas fiz uma reflexão. O governador (eleito) não quer interferir nisso. Eu prefiro apoiar o governo, então, me retirei do pleito”, afirmou Pacheco.

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O presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (do PT, de blazer azul), conversa com o governador eleito Wilson Witzel (Foto: Thiago Lontra/Alerj)

Segundo ele, o PSL também não deve lançar candidatura, como chegou a ser cogitado. Assim, até o momento, restaram dois candidatos à presidência da Alerj: o próprio André Ceciliano e o deputado reeleito André Corrêa (DEM). O voto de Pacheco irá para Corrêa, cujo partido disputou o governo do estado com o PSC. A votação será em fevereiro de 2019. “Meu voto é para ele por questões ideológicas. Não apoio o PT”, justificou o líder do PSC na Alerj.

A decisão do PSL de não disputar a presidência da casa encerra especulações de que o deputado Rodrigo Amorim pleitearia o cargo, respaldado no fato de ter sido o deputado mais votado no estado. A especulação, agora, é que ele será o candidato do PSL à Prefeitura do Rio, em 2020. Em 2016, ele foi candidato a vice-prefeito, em chapa encabeçada por Flávio Bolsonaro.

A reunião da bancada do PSL decidiu também que o partido apoiará o governador eleito, Wilson Witzel (PSC). A decisão de abir mão da disputa da presidência da Casa passa por negociações que envolvem a participação do partido em comissões. O próprio Knoploch já declarou nas suas redes sociais que o PSL não “abre mão” das comissões porque, no seu entendimento, “está na hora de tirar o viés ideológico de muitas delas”. O PSL estaria pleiteando a presidência das comissões de Direitos Humanos, Orçamento e Constituição e Justiça.

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Alexandre Knoploch (primeiro sentado à direita) tuitou foto com colegas do PSL (Foto: Reprodução Twitter)

Visita do governador eleito

Antes de visitar a Alerj, Witzel e seu vice, o vereador Claudio Castro participaram de uma reunião na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que também colocou sala e técnicos à disposição do governador eleito para ajudar no trabalho de transição.

Na visita à Alerj, eles foram “presenteados” com uma cópia da Lei Orçamentária Anual e do Plano Plurianual 2019-2023. Segundo Márcio Pacheco, ambos serão votados até o fim do ano, bem como a prorrogação do Fundo Estadual de Combate à Pobreza e da calamidade financeira do estado, até 2022 — encaminhados à Alerj, na semana passada, pelo governador Luiz Fernando Pezão, Witzel tem interesse na aprovação de ambos.

“Temos mais de 300 projetos na pauta para votarmos até 20 de dezembro. A princípio, não tem bombas para serem desarmadas”, afirmou Pacheco.

Reprodução Twitter - Alexandre Knoploch (primeiro sentado à direita) tuitou foto com colegas do PSL
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Alerj | Bancada | governo | rio | witzel