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Universitário é agredido com barra de ferro na cabeça após panfletagem

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Depois de ser ameaçado várias vezes com um “vai morrer” por um grupo de seis homens, enquanto fazia panfletagem pró-Fernando Haddad, o candidato do PT à presidência, o estudante de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), de 22 anos, foi agredido com uma barra de ferro na cabeça.

Ele estava com um grupo de cerca de 15 amigos na Praça Lauro Müller, em Botafogo, na Zona Sul, na noite da última sexta-feira (19), e foi levado pelos colegas ao Hospital Souza Aguiar.

Segundo postagem do Facebook, um dos agressores teria gritado “Bolsonaro”, o nome do candidato à presidência pelo PSL. Um dos colegas do jovem agredido relatou nas redes sociais que iía tomar cerveja com os amigos depois de sair da faculdade, quando começou a ouvir "vai morrer bem alto umas quatro vezes seguidas(...) Um dos meus amigos o empurrou e quando eu vi uns seis caras vieram pra cima da gente, primeiramente em específico no meu amigo X, que é negro. Eles estavam com barra de ferro e o acertaram na cabeça, além de terem dado um soco nele”, relatou o colega.

Segundo a direção do hospital, os exames não detectaram fraturas, embora a agressão tivesse deixado como saldo um grave hematoma no olho direito. "Estou com medo, pois fui ameaçado de morte", lamentou o jovem ao Jornal O Dia, depois de ser liberado.

De acordo com os colegas, o grupo foi desaconselhado por policiais militares de registrar queixa na Polícia Civil, sob a alegação de que ele poderia ficar marcado entre os agressores. X pretendia se recuperar do trauma para se decidir d registraria ou não a queixa. A Polícia Militar não tem nenhum registro s obre a ocorrência. A Polícia Civil, porém, orientou as testemunhas a procurarem a 10ª DP (Botafogo), para que os agentes pudessem tentar identificar os responsáveis pelas agressões.

Outro estudante que participava do grupo também revelou nas redes sociais que havia sido agredido. "Um dos homens gritou no meu ouvido: 'rala daqui!', e me deu dois socos nas costas, colocando uma das mãos na cintura, como se estivesse armado, e dizendo que ia nos matar, se a gente não fosse embora".