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Livraria Cultura fecha loja no Rio de Janeiro

'Diante das incertezas, não podemos ser irresponsáveis a ponto de manter lojas deficitárias'

Reprodução -
Fachada da Livraria Cultura no Rio de Janeiro
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A Livraria Cultura encerrou nesta quinta-feira, 11, as atividades da loja do Cine Vitória, no Rio de Janeiro. Inaugurada em 2012, essa foi a segunda livraria da rede de Pedro Herz no Rio – a primeira foi a do Fashion Mall, aberta em dezembro de 2011.

O prédio que ela revitalizou na rua Senador Dantas, na Cinelândia, estava desativado havia 20 anos. A loja de 3.200 m2 ocupou quatro andares e abrigava, na inauguração, 5,8 milhões de títulos.

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Fachada da Livraria Cultura no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

O anúncio do fechamento da loja foi feito na tarde desta quinta. “Com este movimento, a empresa segue rigorosamente o plano estratégico traçado para os próximos anos: manter unidades com alta performance, enriquecer cada vez mais a experiência do cliente em loja e crescer significativamente no e-commerce”, diz a empresa em comunicado.

Ele segue: “Diante do cenário de incertezas no país, não podemos ser irresponsáveis a ponto de manter lojas deficitárias. Por isso, como já é de conhecimento público, tomamos a decisão de trabalhar com poucas, mas ótimas lojas físicas, em diferentes cidades, na busca contínua por um serviço impecável ao consumidor”.

No comunicado, a empresa diz ainda que vai atender o cliente carioca por meio do seu site e não faz nenhuma referência à loja do Fashion Mall, em São Conrado. A loja segue aberta. “Não temos nenhuma notícia de que a loja vai fechar, mas até hoje ninguém sabia que a loja do Cine Vitória fecharia. Vou deixar o destino dizer”, disse um funcionário à coluna.

Ainda no texto a Cultura volta a acenar mais fortemente ao e-commerce como um todo. “Nossas lojas físicas passam a se diferenciar como pontos de lazer, entretenimento & consumo cultural, entregando aos clientes algo que vai muito além de produtos: experiências que transformam.”

Em setembro, a Cultura, que um ano antes tinha comprado a operação da Fnac no Brasil, fechou a penúltima loja da rede francesa no País – a da Avenida Paulista. E segue com pagamentos atrasados para as editoras.