POLÍTICA

PGR pede inclusão de Bolsonaro em inquérito sobre ataques terroristas; Moraes atende e quer novas diligências

Ex-presidente publicou vídeo questionando resultado das eleições, depois dos ataques terroristas de 8 de janeiro

Por JORNAL DO BRASIL
[email protected]

Publicado em 13/01/2023 às 18:57

Alterado em 13/01/2023 às 21:44

[Jair Bolsonaro] estelionato Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura autoria intelectual dos atos antidemocráticos ocorridos no domingo (8).

Na petição, a procuradoria argumenta que Bolsonaro teria feito a incitação pública ao crime ao publicar um vídeo nas redes sociais, no dia 10 de janeiro, que tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022.

No entendimento do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, a conduta deve ser apurada por ter ocorrido após os atos contra a sede dos Três Poderes.

O inquérito que pretende investigar os autores intelectuais dos atos antidemocráticos foi solicitado ontem (13) ao STF pela procuradoria.

A PGR adotou como linha de investigação a apuração das condutas "omissiva e comissiva" dos investigados. Segundo o órgão, a medida vai permitir agilidade no processo, que também vai levar em conta postagens feitas nas redes sociais por pessoas que participaram dos atos. (com Agência Brasil)

 

Moraes atende pedido da PGR

Com a decisão, aumenta a pressão política e possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou na noite desta sexta-feira (13) o pedido da Procuradoria-Geral da República e incluiu Jair Bolsonaro nas investigações dos atos terroristas de bolsonaristas no domingo (8) em Brasília.

Com a decisão, aumenta a pressão política e possibilidade de prisão de Bolsonaro, que dos Estados Unidos incitou apoiadores ao golpismo e contribuiu para a vandalização dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). (com Brasil 247)