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Morre o jornalista Ivanir Yazbeck, ex-JB, o biógrafo de Itamar Franco

Em 18 de maio de 1964, começou a trabalhar no "Jornal do Brasil", onde era um profissional querido da equipe

Foto: Arquivo -
Ivanir Yazbeck era mineiro de Juiz de Fora
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Morreu neste domingo, em Juiz de Fora, o jornalista, escritor e roteirista Ivanir Yazbeck. Filho de libaneses, Ivanir nasceu em 1941, também em Juiz de Fora. Foi apresentado ao jornalismo pelo amigo Fernando Gabeira, que o convidou a fazer com ele sua primeira reportagem, para o “Jornal Binômio”. Logo se tornou repórter, fotógrafo e redator deste mesmo jornal. Em 1963, seguiu para Belo Horizonte, onde Gabeira já estava, e juntos trabalharam no “Correio de Minas”. Lá o conterrâneo o incentivou a especializar-se em diagramação. Nesta mesma época, trabalhou na revista “Alterosa”, dirigida por Roberto Drummond.

Em 18 de maio de 1964, começou a trabalhar no “Jornal do Brasil”, onde era um profissional querido da equipe. Produziu várias capas inovadoras, com grandes fotos abertas, especialmente no Caderno B, considerado um exemplo de diagramação. Em seguida, saiu do JB por um pequeno período para fundar, em sua cidade natal, o “Jornal Sete” com os amigos José Carlos de Lery Guimarães e Marcus Cremonese.

Em 1971, voltou para o Rio, onde trabalhou no semanário “Domingo Ilustrado”, da Editora Bloch, até voltar, no ano seguinte, ao JB. Licenciou-se por quatro meses deste jornal, em 1981, quando a convite do empresário Juracy Neves, voltou a Juiz de Fora para editar um novo jornal, a “Tribuna de Minas”.

Depois de deixar o JB, no fim de 1983, Ivanir passou a escrever roteiros para a TV Globo, com as bênçãos de Bráulio Pedroso, de quem foi discípulo. Foram seis episódios de “Caso Verdade”. O primeiro, “Feliz Natal, Papai Noel”, tinha Paulo Goulart e Narjara Tureta como protagonistas.

Em 1985, voltou ao jornalismo impresso, dessa vez no “Globo”, onde teve a oportunidade de diagramar a coluna do Swann, que tinha um de seus grandes amigos, Fernando Zerlottini, à frente. Em 1990, seguiu para “O Dia”, como editor de arte, tendo sido um dos responsáveis por toda a reformulação gráfica do jornal.

Na década de 1990, por influência do escritor Fernando Sabino, lançou seu primeiro livro, “O Enigma do Pássaro de Pedra”. Em seguida vieram “Em Algum Lugar do Céu” e “Juba e Daniel”, todos voltados para o público infanto-juvenil.

Além desses, escreveu mais sete livros, entre biografias e coletâneas, que traziam quase sempre Juiz de Fora como pano de fundo.

Em 2011, lançou “O Real Itamar”, biografia autorizada do ex-Presidente da República e conterrâneo.

Sua última incursão no jornalismo impresso foi em 2003, quando a convite de Omar Peres e Fritz Utzeri, colaborou na criação do “Jornal Panorama”.

Ivanir foi pai e grande companheiro de sua filha, Ligia. Deixa, além dela, a neta Alice, um irmão e vários sobrinhos, de sangue e de coração. Por conta da pandemia, as homenagens presenciais foram limitadas a poucos familiares.

ATUALIZAÇÃO DA NOTÍCIA / 20H

"Presto uma homenagem ao meu querido amigo e diagramador Ivanir Yazbeck com quem compartilhei a equipe de esportes do JB por muitos anos, comandada pelo Oldemário.
Na foto, o grupo festejando a inauguração da sede nova da época na Avenida Brasil.
Que Yasbeck descanse em paz". (Sergio Oliveira) [foto abaixo]

Macaque in the trees
Da esquerda para a direita: Yasbeck, João Areosa, Luis Carlos Melo, Antônio Maria, Eu(Sergio), Edinho meio escondido, Luis Lara Rezende e Sandro Moreira (sentado) (Foto: Arquivo pessoal)


 

Arquivo pessoal - Da esquerda para a direita: Yasbeck, João Areosa, Luis Carlos Melo, Antônio Maria, Eu(Sergio), Edinho meio escondido, Luis Lara Rezende e Sandro Moreira (sentado)