ASSINE
search button

Aplicativos monitoram políticos

Compartilhar

Em ano de eleição, iniciativas que aumentam a transparência do processo eleitoral têm ganhado destaque. Lançado em maio de 2018, o aplicativo “Detector da Corrupção” traz informações judiciais de 850 políticos. Para acessar a plataforma, basta instalar o aplicativo no celular e tirar uma foto da imagem de um político ou buscar pelo nome dele. Então, as informações sobre o candidato aparecem na tela. 

Até 15 de agosto, o aplicativo deve registrar os sete mil candidatos a cargos eletivos. Para isso, conta com uma equipe de jornalistas coletando e atualizando dados diariamente. “Muitos (políticos) questionaram, porque acham que algo como improbidade administrativa não é corrupção. O aplicativo mexeu com o Congresso”, diz Maurício Vargas, criador do aplicativo e que também é fundador do site “Reclame Aqui”. 

Outra iniciativa é o “Ranking dos Políticos”, organização civil que monitora o desempenho dos 513 deputados federais e 81 senadores desde 2012, data em que foi lançado. O site traz, ainda, a pauta da semana no Congresso e analisa as leis em votação. 

Para o professor Bruno Rangel Silva, da Universidade de Brasília, os aplicativos terão impacto positivo nas eleições. Segundo ele, essas ferramentas promovem maior troca de informações sobre os candidatos e elevam a transparência do processo. “É uma forma ágil de se informar, porque deixam os dados mais acessíveis”, afirma.

Na avaliação de Poliana Banqueri, especialista em direito digital, a contribuição dos aplicativos é organizar um conjunto de informações que estavam pulverizadas e dificilmente seriam acessadas com facilidade. “Eles aumentam a consciência dos eleitores, porque permitem conhecer melhor os candidatos”. Para Banqueri, essas plataformas podem até combater a disseminação de notícias falsas, já que fazem a checagem dos processos de cada político e tornam públicas as eventuais pendências judiciais.