Impedida pelo Tribunal Regional Federal, mas ainda cotada pelo governo de Michel Temer para assumir o Ministério do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) foi incluída pela Justiça nesta terça-feira (9) no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas.
A deputada foi condenada a pagar uma indenização de R$ 60 mil a um de seus ex-motoristas por não ter assinado a carteira do funcionário, que trabalhava 15 horas por dia e não teve benefícios pagos, mas apenas nesta segunda-feira (8), com a repercussão do caso, Cristiane requereu parcelamento da dívida. Para ter o nome excluído do BNDT a ré deve quitar a dívida.
Até outubro passado, a dívida não havia sido paga. Foi feito um acordo de pagamento do valor em 18 parcelas, mas, devido ao atraso, a ministra teve sua conta bloqueada, com penhora de R$ 30 mil. Cristiane Brasil sofreu novas penhoras no final de 2017, mas, apesar do salário de R$ 33 mil, a Justiça só encontrou R$ 700 em conta.
No processo, Cristiane Brasil alegou que o motorista realizava para ela trabalhos eventuais e que "não era nem nunca foi sem empregado". Já o motorista afirmou que trabalhou exclusivamente para a atual ministra e para os filhos dela de 2012 a 2014, entre 6h e 22h, levando as crianças a consultas médicas, escola e "baladas".
Em outro processo, que também tem um motorista como autor da ação judicial, a deputada se comprometeu a pagar R$ 14 mil em indenização, em parcelas de R$ 1 mil, além de assinar a carteira de trabalho do funcionário.