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Responsáveis por vazar vídeo de Wiliam Waack se dizem indignados com atitude do jornalista

Ex-funcionários da TV Globo afirmaram que já haviam tentado divulgar o vídeo, sem sucesso

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Após um vídeo vazado na última quarta-feira (8), onde o jornalista e apresentador da TV Globo, William Waack, comete um crime de racismo, xingando um motorista que passava em local próximo ao estúdio de “preto”, os responsáveis pelo vazamento do vídeo afirmaram em entrevista ao site da Jovem Pan, que se sentiu indignado com o comentário do jornalista, e que só decidiu vazar o vídeo agora por medo de ser demitido da emissora.

O operador de VT, Diego Rocha Pereira, trabalhou na Rede Globo até janeiro deste ano, e contou com a ajuda do designer gráfico Robson Cordeiro Ramos para divulgar o vídeo. Os dois contaram que além da fala de Waack, a reação de todos os que estavam no estúdio, que não demonstraram desconforto, também foi revoltante.

“Soltei o vídeo em um grupo de líderes do movimento negro, mas não foi premeditada essa repercussão, a ideia era mostrar para os amigos que um jornalista influente como ele também poderia ser racista. Quando mostramos o vídeo anteriormente Chegamos a ouvir, ‘se não é do William Bonner’, não interessa”, comentou Robson.

Os dois ex-funcionários da emissora, negros, contaram que a frase do apresentador foi dita em novembro do ano passado, durante a cobertura das eleições nos Estados Unidos. Nas imagens, Waack se prepara para uma entrevista durante a cobertura das eleições norte-americanas do ano passado, quando alguém na rua começa a disparar uma buzina na rua. Contrariado, ele xinga a pessoa e depois solta um comentário que aparentemente diz: “é coisa de preto”.

“Tudo aconteceu enquanto a produção estava colocando o microfone nele. Eu ainda voltei as imagens para ter certeza, não estava acreditando que ele teria falado aquilo. Fiquei tão revoltado que filmei com meu celular”, explicou Diego.

Após a repercussão do episódio, Waack foi afastado de suas atividades da Rede Globo. Em nota, a emissora diz que “é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações” e que irá analisar o caso. 

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