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Fux critica "clima artificial de solidariedade e comiseração" por Aécio

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux,  disse, em entrevista à Rádio CBN nesta quinta-feira (28), que "uma voz ou outra se levanta como se fosse um apoio ao amigo que cometeu, em princípio, uma infração", ao se referir ao caso de afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato.

O Senado deve discutir ainda nesta quinta-feira se aceita ou rejeita a decisão da Justiça. 

O ministro afirma que no caso de Aécio "não há uma dúvida razoável", quando fala das provas contra o senador na Operação Pátmos, que aponta repasse do empresário Joesley Batista, da JBS, de R$ 2 milhões.

"Foi identificada a voz do senador, foi filmado o intermediário indicado para receber o dinheiro e, na verdade, essa é uma conduta que se revelou a todos nós incompatível, mas evidentemente o senador terá o seu direito ao devido processo legal. Poderá comprovar que foi empréstimo de um amigo [Joesley], mas a verdade é que se verifica que esse amigo é um homem que tinha trânsito na área política e fazia favores políticos com dinheiro da sociedade", completou.

Os ministros da Segunda Turma do Supremo decretaram na última terça-feira (26), por três votos a dois, o afastamento do tucano de suas funções parlamentares e o recolhimento noturno. A decisão provocou reação de parlamentares em apoio ao senador, entre petistas a peemedebistas. 

Fux, que votou pelo afastamento de Aécio, afirmou ainda que esse é um "clima artificial de solidariedade e comiseração".