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'Forbes': Top 5 de candidatos á presidência do Brasil 2018

Revista descreve cada candidato e suas chances de vitória

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A revista norte-americana Forbes publicou nesta terça-feira (15) uma matéria sobre os cinco principais políticos brasileiros que devem chegar a presidência nas eleições de outubro de 2018.

O noticiário acrescenta que devido ás circunstancias, com o país mergulhado em uma recessão sem precedentes e escândalos de corrupção envolvendo quase todos os partidos e setores da economia, nenhum dos principais candidatos possíveis para votação é o favorito. 

Forbes observa que em janeiro de 2019 um novo presidente assumirá a liderará um país que implodiu completamente, desde os seus melhores tempos em meados da década de 2000.

O analista da Nomura Securities, João Ribeiro, ainda espera que um mercado pragmático e assumido em 2018 como cenário de base. 

"Os riscos em torno do nosso caso base são muito altos", admite Ribeiro. "A eleição de 2018 traz muito mais incerteza do que os votos recentes no Brasil, mesmo que Lula seja impedido de concorrer".

De acordo com os pesquisadores do Datafolha, Lula lidera 30% dos votos pretendidos para o próximo ano. Aqui está um olhar para os cinco melhores concorrentes que podem muito bem ser o próximo presidente do Brasil. 

No. 1: Lula

O mercado de investidores, que lembra do seu bom desempenho na economia e a retirada de milhões de cidadãos da pobreza extrema torcem pelo seu retorno.  Se ele não for condenado em segunda instância, meses, ou até dias antes da eleição, poderá ser presidente do Brasil pela terceira vez.

Nº 2: Marina Silva

Marina Silva ocupou o ministério do Meio Ambiente de Lula. Ela saiu depois de uma disputa interna que viu a região amazônica perder terreno para os gigantes do agronegócio no centro-oeste, que mais tarde se tornaram companheiros de Lula. Ela integra o partido chamado REDE e chegou perto de vencer o segundo turno em 2014 antes de perder para Aecio Neves. O Deutsche Bank realmente gostou dela o suficiente para dizer que estariam bem com uma vitória da Marina, em um relatório que eles emitiram em 2014. 

No. 3. Jair Bolsonaro

O Brasil não é conhecido pelo conservadorismo social, mas é o maior país católico do mundo e tem uma crescente base evangélica que não aprova o aborto, nem a legalização do casamento gay. Bolsonaro é como um republicano norte-americano dos anos 80: sua plataforma fala sobre armas e Deus, e ele não é muito bem visto pela sociedade gay. Ele tem cerca de 15% das intenções de voto. Os seus níveis de apoio aumentaram nos últimos meses, no entanto, já que as investigações da Petrobras continuam prejudicando a maioria dos principais políticos. Alguns dos seus pontos de vista sobre a política econômica têm um viés nacionalista. Bolsonaro votou contra as reformas do trabalho e da segurança social de Temer. Seu partido social-cristão também é pequeno. Os níveis de rejeição podem representar obstáculos à sua campanha, apesar dos recentes ganhos de adeptos.

No. 4: Joaquim Barbosa

Barbosa é um bem-curado e bastante confiável, ex-juiz da Suprema Corte. Sua entrada na arena política tem sido discutida nos meios de comunicação há algum tempo, embora ele nunca tenha manifestado seu interesse em concorrer, de modo que Barbosa é mais uma escolha da mídia do que um concorrente. Houve relatos de que ele possivelmente concorreria junto com Marina Silva, fazendo uma poderosa dupla que poderia chegar ao palácio presidencial em janeiro de 2019. 

No. 5 - Geraldo Alckmin

Alckmin é como o Al Gore da política brasileira. O governador de São Paulo ficou fora do escândalo da Petrobras, ele supervisionou a economia mais forte do país por mais de quatro anos e continua sendo um favorito do mercado para ser o próximo presidente. Suas políticas estarão em linha com as políticas econômicas e sociais dos padrões social-democratas de centro-esquerda. Eleitoralmente, ele é uma das alternativas mais fortes dentro do seu partido, diz João Ribeiro de Nomura.

"Espera-se que ele concorra, embora o surgimento de João Doria como alternativa no partido torne sua candidatura menos clara", diz ele. Doria, prefeito da cidade de São Paulo, está perto de Alckmin em termos de números de votação, mas é completamento recém-chegado no partido, o que significa que seus números de votação teriam que ser três vezes o que estão agora antes de ele ser apoiado pelos chefes do partido. Alckmin tem suporte. Ele afirmou que ele é a favor das iniciativas de reforma de Temer sobre segurança social, trabalho e reforma tributária. Forbes lembra que o Partido dos Trabalhadores derrotou o partido de Alckmin e José Serra, duas vezes. 

"O Brasil terá uma ampla gama de candidatos da extrema direita e extrema esquerda e isso trará volatilidade", diz Marcelo Carvalho, chefe de mercados emergentes do BNP Paribas no Brasil. "

> > Forbes