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Temer defende parlamentarismo como sistema de governo em 2018

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O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (8) que o Brasil pode caminhar para a adoção do parlamentarismo como sistema de governo em 2018. Segundo ele, o país já vive "quase um pré-exercício de parlamentarismo". Temer argumentou que antes de seu governo, o Congresso Nacional era visto como apêndice do Poder Executivo, mas que agora os dois trabalham juntos.

“Não é improvável que este exemplo que estamos dando possa em breve tempo se converter em um sistema semipresidencialista ou semiparlamentarista. Há de ser um sistema parlamentarista do tipo português ou francês, em que também o presidente da República, sobre ser eleito diretamente, ainda tem uma presença muito ativa no espectro governativo. Se [o parlamentarismo] puder vir em 2018, seria ótimo, mas, se não vier, quem sabe prepara-se para 2022”, disse Temer, após participar da abertura do 27º Congresso Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Temer admite que governo estuda aumento da alíquota do IR

Temer admitiu, nesta terça-feira (8), que o governo faz estudos para o aumento da alíquota do Imposto de Renda (IR). Contudo, ele reforçou que não há nada definido. “Há estudos, há dos mais variados estudos. São estudos que se fazem cotidianamente. A todo momento estão fazendo planejamento nos setores da economia, eles fazem esses estudos. São estudos que estão sendo feitos, mas nada decidido”, disse Temer após a cerimônia da Fenabrave.

A equipe econômica do governo tem feito estudos e esforços para aumentar a arrecadação com o objetivo de cumprir a meta fiscal de déficit primário, estipulado em R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões para 2018.

Mas, com o cenário negativo à frente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou afirmar na segunda-feira (7) que o governo está "estudando" uma possível revisão da meta fiscal, e disse que o mês de setembro "será um bom momento" para avaliar a necessidade de mudar ou não a previsão dos resultados das contas públicas para este ano.

>> Temer traça estratégia para desqualificar Janot e denúncia

Defesa das reformas

Durante o evento, Temer voltou a defender a necessidade da aprovação da reforma da Previdência. "Fazer a Previdência reformada hoje é ter Previdência para o futuro. É prever o futuro. Esta é a ideia da Previdência. Ou seja, em um país em que este ano o déficit previdenciário é de R$ 184 bilhões e, no ano que vem, de R$ 205 bilhões, se nós não fizermos essa reforma, será dificílimo enfrentar os próximos anos", ressaltou o presidente.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também participou do evento, destacou que o “coração das reformas” é a Previdência. “Não porque nenhum de nós queira ou nós estamos tirando o direito do trabalhador brasileiro, mas nós precisamos acabar com os privilégios no Brasil. Os privilégios, tanto do setor público quanto do setor privado, que, nós sabemos, se beneficiam do estado brasileiro e não querem mudanças”, disse.

Maia ainda afirmou que o país “não aguenta mais pagar impostos”, e defendeu a redução do Estado. “Esse tem que ser o objetivo dos políticos no Brasil: reduzir o tamanho do estado, garantir segurança jurídica para que vocês possam produzir e gerar emprego pra população brasileira.”