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Deputado que tatuou nome de Temer é acusado de ficar com salário de funcionários

Janot reiterou pedido ao STF de condenação por peculato para Wladimir Costa (SD-PA)

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou, em pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (28), que o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) seja condenado pelo crime de peculato. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, o parlamentar teria recebido o salário de "funcionários fantasmas" supostamente alocados em seu gabinete.

A investigação do Ministério Público teve origem em uma denúncia feita por um cinegrafista que trabalhou no programa de televisão de Wladimir. Registrado como assessor na Câmara, o ex-funcionário disse em depoimento que sacava o salário, entregava ao irmão do deputado do Solidariedade e recebia de volta R$ 500. 

A apuração do Ministério Público afirma que o parlamentar e seu irmão ficaram com o salário de três servidores que recebiam sem trabalhar entre os anos de 2003 e 2005. Ainda segundo o MP, a perícia e a quebra de sigilo bancário revelaram que os funcionários sacavam os salários na íntegra. Nas mesmas datas dos saques há registro de depósitos em espécie na conta de Wladimir.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma ação penal contra o parlamentar. No curso do processo, o ex-funcionário retirou a acusação contra Wladimir e, posteriormente, fez o mesmo em relação ao irmão do deputado. A ação do Supremo, contudo, foi mantida.

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