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MST ocupa fazenda de Ricardo Teixeira e denuncia "promiscuidade e corrupção"

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Como parte da Jornada Nacional do MST em defesa da Reforma Agrária e pautando a aquisição das terras dos corruptos, mais de 300 famílias ocuparam a fazenda Santa Rosa do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que enfrenta acusações de corrupção. O terreno fica localizado no município de Piraí, região Sul Fluminense, e concentra mais de 1500 hectares.

Teixeira está sendo alvo de pedidos de prisão das justiças da Espanha e dos Estados Unidos. O ex-dirigente de futebol é acusado de crimes como organização criminosa, recebimento de propinas lavagem de dinheiro. Um dos desvios de dinheiro teria como origem a venda de amistosos da seleção brasileira e um dos destinos seria empresas de marketing esportivo.

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As informações sobre as buscas de Teixeira foram noticiadas na semana passada na imprensa internacional e confirmados, posteriormente, pelas autoridades responsáveis pelas ordens de captura. 

Na ocupação, os trabalhadores também afirmam que a Rede Globo teria contas a prestar nas relações com a CBF e Fifa comandadas por Teixeira, já que durante muitos anos teve a exclusividade nos direitos de transmissão.

A Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária apresenta para sociedade a proposta: “Corruptos, devolvam nossas terras!”. Milhares de trabalhadores rurais ocupam, em todo país, fazendas ligadas a supostos processos de corrupção, onde exigem a destinação das terras para assentamento de famílias Sem Terra. O MST também coloca reivindica a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas como condição para a retomada da Reforma Agrária.

Ocupações em terras de amigo de Temer e de ministro da Agricultura

Além da fazenda de Ricardo Teixeira, o MST também está ocupando terras do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer (PMDB) e propriedades de Blairo Maggi, ministro da Agricultura, em Rondonópolis (MT).