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Tasso diz que “caminhamos para ingovernabilidade” e que Maia pode dar estabilidade para o país

Presidente interino do PSDB diz que delação de Cunha seria determinante para queda de Temer

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O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE) afirmou nesta quinta-feira (6) que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem “condições de juntar os partidos” para dar “um mínimo de estabilidade para o país”. Caso a denúncia contra Temer seja aceita pelos deputados e ele seja afastado do cargo. Maia assumiria provisoriamente o cargo por até 180 dias até o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o caso.

Ele também afirmou estar receptivo para conversar sobre uma “saída negociada” com Temer. 

"Na travessia, se vier, têm várias opções. Se vier um afastamento pela Câmara, ele (Maia) é presidente por seis meses. Se Temer renunciasse já seria diferente, mas, se passar a licença para a denúncia, aí ele (Maia) é presidente por seis meses e tem condições de fazer, até pelo cargo que possui na Câmara, de juntar os partidos ao redor com um mínimo de estabilidade para o País", declarou o tucano.

O relator escolhido para a denúncia contra Temer por corrupção passiva na Câmara, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), e a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, teriam alertado Tasso e seus aliados para acelerar a saída do partido do governo.

Com os boatos de que o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha pode fechar acordo de delação premiada, o presidente interino do PSDB acha que a crise deve se intensificar ainda mais. 

"Se Eduardo Cunha fizer delação, aí não tem nem o que discutir mais. Se vier essa delação não sei nem quem vai ser citado, quem não vai ser, mas vai ser um semestre terrível para nós", avaliou. Ele reclamou que "não dá para viver cada semana uma nova crise". "Está na hora de buscar alguma estabilidade" para o Brasil, afirmou.

Embora diga que ainda é "precipitado" falar em nomes para uma "transição", Tasso afirmou também que o candidato "tem que ser alguém que dê governabilidade" para o País até a eleição de 2018. "Isso não é algo difícil de se encontrar", minimizou. Para ele, o governo "caminha para a ingovernabilidade". Tasso considera ainda que o maior problema de Temer na base aliada é com o próprio PMDB, que está dividido.